Sete integrantes de uma quadrilha, entre eles dois menores de idade, foram autuados em flagrante, neste domingo (24), nas investigações do latrocínio da investigadora Márcia Régia de Matos, 59 anos. A policial civil foi morta com tiro na cabeça, após ter a chácara invadida por dois bandidos armados, no começo da noite de sexta-feira (22).
Os bandidos foram autuados por quadrilha armada, roubo seguido de morte (latrocínio), furto qualificado, roubo majorado, associação criminosa armada, e posse ilegal de arma de fogo de uso permitido.
De acordo com a Polícia Civil, Diego Correa de Araujo, 21 anos, morador da cidade de Barra do Bugres, é o executor do latrocínio junto com o adolescente S.F.N, 17 anos. Ele e o menor foram localizados na cidade de Querência (945 km a Nordeste), no sábado (23), com o com mais cinco pessoas,que integram uma organização criminosa, que praticou vários roubos e furtos na região, terminando com roubo seguido de morte (latrocínio) da investigadora da Polícia Civil, que era lotada na Delegacia de Ribeirão Cascalheira Cascalheira (900 km a Leste).
"Temos mais pessoas envolvidas nessa facção criminosa e já identificamos quem são. As investigações continuam", disse o delegado.
Os demais envolvidos na associação criminosa são: Bruno da Silva Ribeiro, 18, Leonardo Souza Nascimento, 22, Ana Paula Pereira Carvalho, 20, Débora Crizostomo de Souza, e os e J.M.Q, 17 anos. Todos eles, assim como o menor S.F.N. são moradores de Querência e formam o grupo criminoso, que deu suporte logístico ao suspeito Diego Correa de Araújo, que chegou no começo da semana na cidade para praticar crimes.
Os criminosos de Querência colocaram à disposição dele (Diego) duas armas de fogo e duas motocicletas, com as quais roubaram, sequestraram e executaram friamente a investigadora de polícia.
O delegado Raphael Diniz informou que essa associação criminosa praticou diversos crimes na cidade, entre eles roubo de um veículo Pálio, uma Hilux, um Gol e a Fiat Strada da policial, furtos de defensivos agrícolas, joias e outros objetos.
"Temos mais pessoas envolvidas nessa facção criminosa e já identificamos quem são. As investigações continuam", disse o delegado.
Os veículos roubados foram recuperados e restituídos às vítimas ou seus familiares. As investigações continuam para recuperar as armas roubadas da policial civil.
Também foram apreendidas duas armas de fogo, de uso dos criminosos.
As prisões ocorreram na força-tarefa que mobilizou policiais civis de todas as delegacias da Regional de Água Boa, Regional de Barra dos Garças, por meio da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf), e uma equipe da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) de Cuiabá. Os trabalhos contaram com total apoio da Secretaria de Estado de Segurança Pública e da Diretoria Geral da Polícia Judiciária Civil, assim como o Sindicato dos Investigadores (Sinpol).
O caso
A policial estava em sua chácara, às margens da BR 158, a 50 km da cidade de Ribeirão Cascalheira, quando foi surpreendida por dois criminosos armados, que roubaram um veículo Fiat Strada, de cor preta, de sua propriedade, duas armas pessoais (1 revólver 38 e um rifle 22) e pistola 940, acautelada da Polícia Civil.
O corpo da investigadora foi localizado na madrugada do sábado (23), por volta das 2 horas, em uma estrada vicinal, às margens da BR 158 (60 km de onde foi levada), com um tiro na cabeça. Os criminosos abandonaram, próximo ao mesmo local, o veículo dela e seguiram em uma motocicleta.
A Polícia Civil apurou que antes de invadir a propriedade da policial, os criminosos assaltaram uma residência que fica anexa a uma borracharia na região no Distrito de Serra Dourada, de onde levaram da casa joias, cheque e um carro (Gol). A vítima desse crime, também uma mulher, foi levada, mas liberada pelos criminosos, que seguiram no veículo, porém, perderam o controle do carro, que caiu numa ribanceira, que fica perto da residência da casa da investigadora Márcia Régia.
A investigadora Márcia Régia de Matos completaria neste ano 29 anos de Polícia Civil. Ela era da turma de outubro de 1990, que ingressou Polícia Civil de Mato Grosso. A polícia era natural de Araguarça (GO).
O corpo da investigadora foi sepultado em Barra do Garças.
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