Pedro Taques, Mauro Mendes, Moisés Franz e Wellington Fagundes durante debate conduzido pelo jornalista Elias Neto, na TVCA, nesta terça (02)
Taques relembra o decreto de Mauro em janeiro de 2016, quando suspendeu as promoções, progressões e reenquadramentos dos servidores municipais. O democrata, no entanto, explicou que tal decreto foi suspenso meses depois, já que a ação era necessária por conta de um contingenciamento de gastos temporário para equilibrar os cofres do Palácio Alencastro e evitar, por exemplo, atraso nos salários.
Político carreirista
O fato de passar dos 27 anos seguidos no legislativo fez com que Wellington fosse criticado. Mauro, em determinado do momento do debate conduzido pelo jornalista Elias Neto, afirmou que o republicano é político “carreirista” e anuncia ter realizado obras, sendo que um deputado ou senador não tem essa função.
“O senhor tem 28 anos de carreira política. É aquele que a população chama de político carreirista. O senhor fala que entregou casa, mas deputado não faz isso. Vamos respeitar”, disparou Mauro, que relembrou o fato de Wellington ter sido derrotado na disputa pela Prefeitura de Rondonópolis.
Mauro Mendes O senhor fala que entregou casa, mas deputado não faz isso. Vamos respeitar
A declaração de Mauro foi em resposta a afirmação de Wellington que o comparou com Taques. “O candidato Mauro já vai começar a pedir o candidato Pedro cortar tantos cargos que indicou e que ainda estão no Governo. Os dois estão juntos”.
Coube a Wellington rebater outra acusação de Mauro. A de que é réu no Supremo Tribunal Federal em ação criminal derivada da Operação Sanguessuga. Como em toda a campanha, o candidato nega e garante ter sido inocentado na esfera da improbidade administrativa.
Senado abandonado
Mauro e Wellington ainda protagonizaram outro momento acalorado no debate. O democrata declarou que o republicano segue os mesmos passos de Taques, pois pretende abandonar o mandato no Senado pela metade – tem mais 4 anos – para ser governador, sem nenhuma experiência administrativa.
“[Wellington vem] dizendo que fez tudo. Só falta dizer que Deus fez o mundo e ele trouxe a emenda parlamentar”, ironizou.
Em resposta, Wellington questionou o fato de Mauro, em 2014, ter apoiado Taques ao Governo e não ter pontuado a mesma questão: de que o então pedetista estava deixando o mandato no meio, abandonando os votos que conquistou ao Senado.
O último debate televisivo entre os candidatos ao Governo de Mato Grosso, realizado na noite desta terça (02), pela TV Centro América, não surpreendeu. A 4 dias do primeiro turno das eleições, Mauro Mendes (DEM), Pedro Taques (PSDB) e Wellington Fagundes (PR) protagonizaram ataques mútuos, na tentativa de desconstruir a imagem política um do outro. Fora dessa troca de acusações ficou Moisés Franz (Psol), que atirou por todos os lados, tentando imprimir a imagem de o novo na política mato-grossense, sem apoio dos “barões do agronegócio” e alianças por interesses escusos. Arthur Nogueira (Rede), por sua vez, ficou de fora do programa, pelo fato de seu partido não ter a representatividade mínima de cinco parlamentares no Congresso Nacional.
Candidato à reeleição, Taques acabou sendo evitado pelos seus principais adversários. Sempre que foi questionado no debate que durou pouco mais de 2h, foi de Moisés a iniciativa do questionamento. Mesmo assim, teve sua administração criticada pelos postulantes que o acusaram de ineficiência na área da saúde, infraestrutura, tratamento com os servidores públicos e outros setores.
Mauro, que lidera as pesquisas de intenção de voto também foi alvo dos ataques. Ex-prefeito da Capital, foi vítima da repetida estratégia de apontarem erros de sua administração municipal. Mas também soube rebater algumas pontuações, como a de Taques. O tucano, durante o programa, reforçou que diferente do democrata, respeitou as progressões de carreira dos servidores estaduais.
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