Vereadores pedem o impeachment de Emanuel Pinheiro nesta quinta

Reprodução/Web

O vereador Diego Guimarães (PP) apresentou um requerimento para abertura do precesso de cassação do mandato do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) na última terça (26). A votação pela aprovação ou não da matéria ocorre nesta nesta quinta (28), às 9h. Para aprovar o impeachment do prefeito serão necessários 13 votos favoráveis. Já se manifestaram favoráveis ao pedido Marcelo Bussiki (PSB), Dilemário Alencar (Pros) e Felipe Wellaton (PV)  e Abílio Junior (PSC), todos opositores ao prefeito.

O pedido de cassação do mandato do prefeito é relativo a uma celeuma que se criou por conta de um aluguel feito sem licitação para instalação da Secretaria Extraordinária dos 300 anos de Cuiabá. O espaço localizado na Avenida Getúlio Vargas nunca foi usado, mas pago mensalmente ao valor de R$ 9 mil. Realizado com dispensa de licitação e publicada no Diário Oficial de Contas em maio do ano passado, o valor total do aluguel é de R$ 108 mil.

O prédio foi locado pelo ex-secretário da SEC 300, Júnior Leite, e teve a validação do prefeito Emanuel. Não bastasse isso, a SEC 300 alugou outro prédio na Rua Pedro Celestino para abrigar de fato a pasta. Ali, o valor do aluguel é de R$ 2.200.

Junior Leite alegou ao MT1 - na TV Centro América, afiliada da Globo -, nesta quarta (27), que o prédio na Getúlio Vargas passa por adequações para instalação da Secretaria de Habitação, que hoje funciona no mesmo local que a Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob), na rua 13 de junho. O espaço na Getúlio Vargas está cheio de entulho e com as obras de readequações paralisadas.

“Pedimos a cassação do mandato do prefeito Emanuel Pinheiro e a exoneração do ex-secretário da SEC 300 Júnior Leite e atual secretário de Inovação e Comunicação de Cuiabá”, disse Abílio em seu Facebook, em transmissão ao vivo na tarde desta quarta (27).

O vereador Diego Guimarães também participou da Live.

Na Live, Abílio reafirma que Júnior Leite cometeu um ato irregular ao alugar um prédio com dispensa de licitação. Um processo que, segundo ele, só poderia ser feito em regime de urgência.

“Todos os vereadores da Câmara Municipal de Cuiabá já receberam cópias dos documentos com os principais pontos das denúncias.Queremos investigar toda essa situação e esclarecer a verdade para a população. Até agora já foram gastos R$ 72 mil em um imóvel fechado e sem uso. Dinheiro público jogado fora! Por isso tudo pedimos a criação da Comissão Processante para investigar a questão dos aluguéis e também outros atos da SEC 300”, disse Diego.

DIAS DIFÍCEIS

Estas duas últimas semanas não têm sido fáceis para o prefeito Emanuel. Primeiro foi o cancelamento das comemorações dos 300 anos marcadas para ocorrerem na Arena Pantanal. Por meio de um vídeo postado em seu Facebook, Pinheiro noticiou o fim das festas por conta de uma recomendação do Ministério Público ao Estado, para que o espaço não fosse utilizado e aceito pelo governador Mauro Mendes (DEM).

Depois veio a determinação do Tribunal de Contas do Estado para que o secretário Junior Leite, que comanda a Sicom, suspendesse a execução dos contratos de serviços de publicidade, na realização de campanhas de "arrecadação do IPTU/2019" e de "Combate a Dengue", por conta dos procedimentos de Dispensa de Licitação, formalizados pela pasta, aos valores fixados, respectivamente, em R$ 3.083.663,50 e R$ 1.502.179,50, totalizando R$ 4.585.843,00.

E nesta semana veio a denúncia do aluguel da Secretaria 300 anos, na Getúlio Vargas, feita por cinco parlamentares municipais que fazem ferrenha oposição ao gestor emedebista, por conta do espaço nunca ter sido usado pela pasta, mas que custa aos cofres públicos um total de R$108 mil.

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