
O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), deve decretar intervenção da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá até o dia 4 de abril, sábado da semana que vem. A informação é do senador Jayme Campos (DEM), que discursou no Senado complementando falas de seu colega Wellington Fagundes (PP) nesta quinta-feira (28).
Em seu discurso, Jayme ainda avaliou ser responsabilidade de todos os agentes políticos a solução da atual situação da unidade, elencando a bancada federal, deputados estaduais, Governo do Estado e Prefeitura de Cuiabá. Além disso, o senador ainda afirmou que conversou esta semana com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que já se comprometeu em contribuir para a reabertura da Santa Casa de Cuiabá, fechada desde o dia 11 deste mês, mas sob nova gestão.
“Infelizmente, eu acho o seguinte: que parte desses recursos da nossa emenda impositiva de R$ 169 milhões, me parece que não está destinado nada para os hospitais públicos de Mato Grosso, ou seja, para a Santa Casa, que é uma entidade filantrópica”, opinou.
A ideia de Jayme é que a bancada federal se reúna com o governador Mauro Mendes (DEM) e negocie o encaminhamento de parte da verba parlamentar para a Santa Casa, desde que a unidade esteja sendo comandada por uma nova diretoria.
Jayme também explanou aos demais senadores que o fechamento do filantrópico resultou em caos na saúde pública e privada de Cuiabá e Várzea Grande, esta segunda governada por sua esposa, a prefeita Lucimar Campos (DEM).
A PREFEITURA
Procurada pela reportagem, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) afirmou que não há confirmação sobre a informação prestada pelo senador, de que o prefeito decretará a interdição da Santa Casa até o dia 4 de abril.
Na próxima semana, Emanuel Pinheiro deverá ir à Brasília, momento em que poderá debater o assunto.
O CASO
A Santa Casa se tornou personagem principal na CPI dos Filantrópicos (Comissão Parlamentar de Inquérito dos Hospitais Filantrópicos), instalada na Câmara Municipal de Cuiabá, ao apresentar déficits acumulados em R$ 80 milhões.
Além de dívidas, a unidade ainda se tornou protagonista devido a um imbróglio entre o prefeito Emanuel Pinheiro e o ex-diretor da unidade, o médico Antônio D’Oliveira Gonçalves Preza.
Na briga, um jogo pro outro a culpa pela atual situação da unidade que, devido à falta de condições básicas de funcionamento, fechou suas portas no dia 11 deste mês.
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