A prisão do ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Huark Douglas, colocou o prefeito da Capital, Emanuel Pinheiro (MDB), na “linha de tiro” das investigações da Operação Sangria, desencadeada pela Polícia Civil de Mato Grosso.
Alan Cosme/HiperNoticias

A opinião é do vereador Abílio Jr (PSC), para quem o chefe do executivo municipal está envolvido nos atos praticados pela organização criminosa, que segundo a polícia, monopolizou a saúde em Mato Grosso, por meio da prestação de serviços médicos hospitalares.
”O cerco está fechando para o prefeito Emanuel Pinheiro”, afirma o vereador, ressaltando que Pinheiro, já foi denunciado por corrupção e na próxima semana, pode ter contra si, a criação de uma Comissão Processante pela Câmara de Vereadores.
O parlamentar ainda lembra sobre a suspeita de que a organização criminosa, da qual faz parte o ex-secretário de Saúde, tenha realmente fomentado campanhas eleitorais no ano passado, por meio de desvio de dinheiro, via fraudes em licitação, que teriam ajudado a eleger um deputado federal nesse pleito.
Essa organização criminosa é alvo da Operação Sangria, cuja segunda fase levou, nesse sábado (30), novamente para a cadeia, outros seis integrantes desse grupo, além de Huark. Eles, segundo a Polícia Civil, faziam fluir um esquema na Saúde em Mato Grosso, através da prestação de serviços médicos hospitalares.
Processante
Quando Abílio Jr afirma que “o cerco está fechando” para o prefeito, ele está também se referindo a outras denúncias que tem Emanuel Pinheiro, como principal denunciado. Um desses exemplos é a assinatura do contrato do “aluguel fantasma”, para abrigar a Secretaria dos 300 Anos, da prefeitura de Cuiabá. Uma locação que custa aos cofres públicos R$ 9 mil mensais, para um imóvel que jamais, em cerca de um ano, chegou a ser usado para a Sec 300 ou para qualquer outra finalidade pública do município.
Para tentar apurar isso, a oposição a Pinheiro no legislativo espera que um pedido de abertura de uma Comissão Processante, de autoria do vereador Diego Guimarães (PP), seja aprovado na próxima terça-feira(02). A ideia central desse pedido, é investigar, além do prefeito, o ex-secretário dos 300 anos, Júnior Leite que, nesse fim semana, pediu afastamento do cargo que ocupava na Secretaria de Inovação e Comunicação da prefeitura. Foi na gestão de Leite que houve a assinatura do contrato do “aluguel fantasma”, com a empresa CID Imóveis.
“Não há como não votar pela aprovação desta Comissão Processante. Todos os vereadores sabem que a denúncia é grave e que há provas suficientes. Acho que ninguém terá coragem de votar contrário a essa investigação, por ser tratar do dinheiro público”, opinou.
Essa votação deveria ter ocorrido na última quinta-feira (28) em plenário, mas o presidente da Casa de Leis, Mizael Galvão (PSB), decidiu remeter a matéria à procuradoria da Câmara, com a alegação de checar todos os critérios legais para que o pedido seja votado pelos parlamentares.
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