
O secretário de Estado de Fazenda (Sefaz), Rogério Gallo, contestou a declaração do pré-candidato ao Governo, Mauro Mendes (DEM), que acusou a atual gestão de ter um déficit de restos a pagar do exercício no valor de R$ 3,6 bilhões. Em coletiva realizada ontem, onde lançou sua pré-candidatura ao Governo, o democrata previu que o governador Pedro Taques entregará a gestão com R$ 4 bilhões em dívidas.
Porém, o secretário afirmou que a dívida "real" do Estado é de cerca de R$ 450 milhões. Afirmou ainda que, proporcionalmente, o valor devido no final de 2017 é o mesmo deixado pelo governo passado, sob comando de Silval Barbosa.
Gallo revelou que o Governo fechou 2017 com "apenas" R$ 2,8 bilhões de restos a pagar. Destes, R$ 1,7 bilhão já foi pago. “Primeiro nós temos que desmistificar este número, que hoje não é real. Viramos o ano com R$ 2,8 milhões de restos a pagar, sendo R$ 1,7 bilhão processados”, destacou o secretário em entrevista ao Jornal do Meio Dia (TV Vila Real).
Ele explica, por exemplo, que a folha de pagamento, que impacta nos dados financeiros, também constava como restos a pagar de 31 de dezembro de 2017. “Cerca de R$ 700 milhões eram da folha de pagamento, porque a folha é liquidada em dezembro. Mas ela pode ser paga até o dia 10 do mês subsequente. Então, quando se muda de exercício, isso fica descrito como restos a pagar”, detalhou.
Sobre o R$ 1,1 bilhão restante, o secretário descreve que este valor deve ser “decomposto” para que o cidadão possa compreender a realidade do estado. Gallo explica ainda que R$ 600 milhões, são oriundos das operações de crédito e também são computados como restos a pagar.
Ele explicou que estes valores são de investimentos com verba garantida. “Por exemplo, uma estrada que está sendo feita, ela tem uma operação de crédito que tem dinheiro lastreado, então não é uma dívida sem lastro. É algo com recursos garantidos”, aponta o secretário que informou que a dívida “real” do Estado é de R$ 450 milhões.
Ao fazer um comparativo com gestão do ex-governador Silval Barbosa, diz que a dívida acaba sendo a mesma. “Se nós pegarmos essa dívida de hoje, que virou de 2017 a 2018 e compararmos com 2014 e dividir pela receita corrente líquida, nós vamos dar um percentual de 3% daquilo que nós temos de receita. É a mesma relação que tinha no passado, em 2014, no governo Silval Barbosa”, compara.
Rogério Gallo explicou que a situação poderia ser mais grave se o governador Pedro Taques não tomasse medidas enérgicas, como auditorias e corte de gastos. “Nós temos uma situação em que o governador apontou as providências cabíveis no seguinte sentido: encontrou uma terra arrasada no Estado e enfrentou com contundência a corrupção. Nós conseguimos economizar nisso R$ 1 bilhão. Este valor que nós devemos hoje seria de 1,4 bilhão, se não tivesse sido adotado todas as auditorias”.
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