
Segundo o prefeito de Comodoro, Jeferson Gomes (DEM), o município tem mais de R$ 10 milhões em recursos públicos desperdiçados em obras inacabadas. Cinco escolas que deveriam estar atendendo às comunidades indígenas, tanto no ensino fundamental quanto no médio, estão abandonadas e com boa parte dos projetos perdidos por falta de articulação e vontade política do Governo do Estado em Brasília.
Além das obras paradas, alguns projetos tiveram recursos devolvidos à União por terem perdido o prazo de aplicação por ineficiência do Governo do Estado, conforme frisou o prefeito democrata, que recepcionou o candidato a governador, Wellington Fagundes (PR), da coligação “A Força da União”, no último domingo (12). “Tentamos retomar o cronograma das obras com recursos próprios, mas os Ministérios Públicos Estadual e Federal não aceitam porque já há tratativas e recursos investidos pela União. Como município estamos de mãos atadas sem poder fazer investimentos. As obras são de grande importância para nossa cidade e nem mesmo sanando pendências para resgatar os recursos obtivemos sucesso”, explicou o prefeito.
Gomes reclama ainda que não houve em momento algum apoio do Governo do Estado para tentar solucionar o problema com o destravamento das obras e dos seus recursos, em boa parte perdido, pela perda de prazo. A conclusão de obras paralisadas é um compromisso já assumido pelo candidato a governador Wellington Fagundes. “O que os governantes têm de entender é que as obras paradas não servem para nada, são desperdício de dinheiro público, o cidadão não usufrui delas e ainda passam a ser objeto de depredação e da ação do tempo”, salientou.
Junto ao prefeito de Comodoro e a outros, Wellington reafirmou que vai promover grandes mutirões para recuperar projetos e, só então, lançar novas obras. Em casos como o de Comodoro, destaca o candidato, é imprescindível o papel do governador. “Ele é o principal articulista do Estado. Tem que ter liderança e capacidade de ir a Brasília mobilizar a bancada e agregar forças em prol de Mato Grosso. Sem essa liderança, o resultado é esse, perdas em obras, em recursos e em atendimentos”.
O prefeito de Comodoro contou que a prefeitura passou a assumir compromissos que deveriam ser custeados pelo Estado, para não deixar de prestar atendimento à população, especialmente na educação. “Esses atrasos nos repasses tiram da receita própria o fôlego que teríamos para fazer investimentos, ou seja, sobraria dinheiro para novas obras, reformas, ampliações e ações que, de fato, competem ao Município”, explica o prefeito.
Como exemplo, Jeferson destacou a utilização da arrecadação de tributos próprios como o IPTU e o ITBI para realizar a manutenção de rodovias. “Comodoro, em extensão, é maior do que o Sergipe e arcar com essas demandas da população é complicado, pesa no cofre municipal”.
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