
O secretário-chefe da Casa Civil, Ciro Rodolpho Gonçalves, rechaçou informações prestadas pelo cabo da Polícia Miklitar, Gerson Correa Júnior, à Justiça na sexta-feira (27.07) quanto ao suposto envolvimento do governador Pedro Taques (PSDB) no caso de grampos telefônicos sob em investigação no estado. Para ele, o fato de o policial “achar” que Taques ordenou as escutas não significa que seja verdade. “Para achar ou supor alguma coisa é preciso ter responsabilidade. Especialmente em um momento pré-eleitoral, qualquer coisa que digam a respeito do governador tem um peso diferente, tem um peso maior. Achar é diferente de ter convicção. Digo isso tanto em relação ao governador quanto a qualquer outro cidadão”, defendeu Ciro em entrevista ao vivo na tarde desta segunda-feira (30.07) concedida ao programa MT é Mais, da TBO Cuiabá.
O secretário também lembrou que, desde que surgiram as primeiras notícias a respeito de uma suposta rede clandestina de escutas telefônicas na estrutura do Governo, Pedro Taques determinou a apuração de todos os fatos, garantindo independência das Polícias Civil e Militar nas investigações, e solicitou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) que ele próprio fosse investigado para comprovar, perante a Justiça, que não teve qualquer envolvimento nos fatos narrados por terceiros.
No Governo Taques desde 2015, primeiramente como controlador-geral do Estado, Ciro Gonçalves ainda relatou os trâmites feitos internamente por Taques quando o assunto veio à tona. “O ex-secretário de Segurança Pública trouxe ao conhecimento do governador a informação e, no mesmo momento, o governador pediu para que a denúncia fosse colocada no papel e enviada ao Ministério Público. Foi o que aconteceu. Então, com toda cautela, todas as providências foram tomadas”, relembrou.
Na semana passada, ao ser o entrevistado do Programa Estúdio Livre, da Band Mato Grosso, Taques endossou as críticas a Mauro Mendes (DEM), que é pré-candidato da oposição ao Governo, após ele ter declarado que o tucano precisa explicar os casos de seus ex-secretários presos. “Eu sempre combati a corrupção, sempre fiz o que é certo. Respondo pelo meu CPF. Agora, tem gente por aí que responde na Justiça por fraude em processo de compra de apartamento, fraude em compra de mineradora. Dois juízes do Trabalho foram afastados por causa disso. A explicação tem que vir do lado de lá, do eixo do Mauro”, disparou o governador.
Mauro é acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de participar de esquema que causou prejuízo de R$ 700 milhões à União. A trama envolve fraude processual, favorecimento a particular e apropriação de valores do leilão judicial de uma mina de ouro em Cuiabá. Pelos crimes, Mauro Mendes responde por improbidade administrativa na Justiça Federal. O caso já rendeu a aposentadoria de um juiz.
No outro processo que também causou a aposentadoria de uma juíza, o democrata é acusado de fraude na compra de um apartamento que também foi leiloado. Segundo a percepção do governador, as críticas de Mauro relativas a casos em que não foi constatado seu envolvimento, demonstram oportunismo. “A campanha nem começou e a famosa rejeição do Taques que tentam pregar começou a cair. Já estão começando a se desesperar, a falar alto. Isso é oportunismo típico de quem, por exemplo, cria redes sociais só em época de eleições. Oportunismo de quem fica sumido e só aparece nessa época. Tenho pedido essa reflexão às pessoas com quem converso”, continuou o tucano em entrevista à rádio.
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