"Encontramos uma lista dentro da SMS com o nome do filho e da esposa do prefeito", afirma vereador

O vereador Abílio Junior (PSC) considera mérito da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) o fato do Tribunal de Contas do Estado (TCE) ter acionado a Prefeitura de Cuiabá, por possíveis irregularidades na contratação de servidores temporários para a Secretaria Municipal de Saúde.   A Comissão instaurada na Câmara de Vereadores apura a gestão administrativa da Pasta.

Alan Cosme/HiperNoticias
abilio junior
 Vereador Abilio Junior foi responsável pelo pedido da criação da CPI da Saúde
A CPI já está tendo resultado prático. O TCE mandou suspender todas as contratações da prefeitura na área da saúde, porque elas estavam irregulares, mais de 2.500 contratações estavam irregulares, foi apontamento da CPI. Falamos também que 50% dos servidores da saúde do munícipio de Cuiabá não passaram por processo seletivo ou concurso público, nenhum método de avaliação prévia”, declarou em entrevista à Rádio Capital 101,9 FM, na manhã desta segunda-feira (13). 

O vereador avalia contratação de pessoas não qualificadas como um dos motivos para o caos da saúde cuiabana. 

A falta de uma pessoa qualificada faz com que a compra atrase, que gere um caos na saúde, que o atendimento seja ruim, vários outros problemas estão envolvidos nessa parte de eminência política”, pontuou. 

Segundo o parlamentar, foi encontrada uma planilha, no computador do coordenador do setor de Recursos Humanos da SMS, com mais de mil nomes de indicações políticas, entre eles do filho do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro Primo (PTB) e da primeira dama, Márcia Pinheiro. 

Encontramos uma lista dentro da secretaria, no computador do coordenador do RH, com o nome do filho do prefeito, da esposa do prefeito, tudo com indicações e o nome do partido também. Indicações para determinadas funções dentro da própria secretaria e não seria as indicações legais para cargos de confianças, os cargos comissionados, essas que estou falando são para contratos temporários, isso não pode. Tem que passar por processo seletivo ou concurso público ou só pode ser contrato em regime de muita urgência para aquela vaga e esse não é o caso que estamos discutindo aqui”, contou. 

Ainda sobre o assunto, relatou ter encontrado uma pessoa com currículo em mãos na porta da SMS, para entregar a um candidato a deputado estadual. 

“Ela disse ‘me reuni no partido acho que com um amigo seu e vim entregar esse currículo aqui na secretaria ao candidato [José Roberto Bezerra] a deputado porque nós conversamos ontem na sede do PTB’”, narrou. 

Sobre a insuficiência medicamentos que há décadas assola a Capital, o vereador não acredita na falta de recursos para aquisição, mas suspeita de plano para comprar os remédios com valor mais alto e da empresa que a Prefeitura quiser, usando o modo regime de urgência, quando falta o medicamento e há necessidade emergencial de adquiri-lo para evitar possíveis obtidos, por isso conseguem comprar sem realizar a licitação obrigatória. 

“Não é falta de dinheiro porque no nosso munícipio tem R$ 780 milhões para saúde, então tem muito dinheiro para compra de remédio e insumo. O que tem acontecido é que não é feita a compra de remédionão é pago o distribuidor no prazo corretamente e isso atrasa a distribuição. Suspeitamos que essa crise que estamos passando é provocada ou por falta de qualificação técnica das pessoas que cuidam ou provocada para facilitar a compra de remédio em regime de urgência com dispensa de licitação, deixar faltar remédio para a comprar mais caro por dispensa de licitação em regime de urgência, essa é a nossa suspeita então estamos investigando”, concluiu. 

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