Governador critica “indústria das delações” e diz que seu patrimônio diminuiu ao longo dos anos
O governador e candidato à reeleição Pedro Taques
DOUGLAS TRIELLI
DA REDAÇÃO
O governador e candidato à reeleição Pedro Taques (PSDB) voltou a classificar como mentira a acusação do empresário Alan Malouf de que teria havido caixa dois na campanha ao Governo de 2014.
Segundo ele, o empresário ajudou, sim, sua campanha, mas quem coordenou foi Otaviano Pivetta (PDT), atual vice-governador na chapa do candidato Mauro Mendes (DEM).
“É mentira, porque nós não fizemos caixa dois. Aliás, o coordenador de campanha da nossa coligação foi Otaviano Pivetta, que é vice do Mauro Mendes. Tenho certeza que o Otaviano Pivetta não fez isso, porque é uma pessoa que não faria isso”, disse em entrevista à TV Vila Real.
O tucano também voltou a se mostrar cético quanto à informação divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo na terça-feira (21), dando conta de que Supremo Tribunal Federal (STF) homologou o acordo de delação premiada do empresário Alan Malouf.
Estão falando em homologação. Eu não sei. Meu advogado está atrás disso desde ontem [terça-feira]. E não encontrou a homologação,Segundo ele, até o momento seu advogado não localizou o processo no STF.
“Em 2016, esse empresário, que ajudou na campanha e isso é fato, disse exatamente isso. Aí a deputada [Janaina] Riva protocolou uma representação junto ao STJ. Eu respondi à Procuradoria Geral da República por escrito. Eles me notificaram e eu respondi. Isso em 2016”, afirmou.
“Em 2017, a mesma notícia foi veiculada. E, agora, de novo a mesma notícia. Estão falando em homologação. Eu não sei. Meu advogado está atrás disso. E não encontrou a homologação”, disse.
O tucano disse que, apesar de defender as colaborações premiadas, o Brasil para por um processo de “indústria das delações”. E defendeu que o delator precisa provar todas as acusações feitas nos acordos judiciais.
“Eu tenho o mesmo patrimônio como procurador, o mesmo patrimônio como senador e diminuí meu patrimônio como governador do Estado. Um cidadão que exerceu o cargo de procurador por 15 anos, combatendo a corrupção no Brasil todo, que apresentou um projeto de lei que trata da corrupção como crime hediondo, senhores... Isso mostra que você me conhece”, afirmou.
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