Vereador Abílio se descontrole após denúncia envolvendo sua madrasta e faz uso da tribuna tentando cercear a liberdade de imprensa

Vereador Abílio se descontrole após denúncia envolvendo sua madrasta e faz uso da tribuna tentando cercear a liberdade de imprensa
Da Redação
O vereador Abílio Júnior (PSC) mais uma vez deu mostras de que sabe criticar, mas não aceita críticas, e usa do mandato parlamentar para tentar cercear a liberdade de imprensa, inclusive tentando prejudicar os empresários da Comunicação. Na semana passada, o nobre edil subiu à tribuna para tentar denegrir a imagem do Jornal Centro-Oeste Popular e seu proprietário, jornalista Maykon Milas, simplesmente porque o periódico vem publicando uma série de reportagens mostrando irregularidades cometidas em alguns gabinetes da Câmara de Cuiabá.
Vale lembrar que o vereador Abilinho, como é conhecido, protagonizou uma verdadeira invasão na Secretaria de Inovação e Comunicação de Cuiabá, após sua madrasta, Damaris Rastelli, ser denunciada como funcionária fantasma no gabinete do deputado estadual Sebastião Rezende (PSC). A denúncia foi feita pelo pelo Programa do Pop, da TV Cidade Verde, afiliada da Rede Bandeirantes, em Cuiabá, dando a entender que tinha o desejo de prejudicar o contrato da emissora com a Prefeitura de Cuiabá.
A linha editorial do CO Popular sempre foi investigativa, e assim vai continuar, doa a quem doer. Não será um pronunciamento de um vereador, que se mostra desequilibrado, que fará com que as irregularidades deixem de ser motivo de matérias no jornal
As atitudes de Abílio Júnior já chamaram a atenção desde a posse, quando demonstrou que faria a linha populista, tentando angariar o eleitor mais modesto. Em seu primeiro ato na Câmara, filmou a quebra da parede de seu gabinete e postou na rede social Facebook, afirmando que a medida era para indicar que seu gabinete estaria sempre aberto à população, no que foi reprovado por todos, inclusive seus pares na Câmara.
Se mostrando oportunista, anunciou o rompimento com o prefeito Emanuel Pinheiro, na época justificando que seria por supostamente não conseguir ser atendido, não conseguindo sequer audiência com o prefeito. Mas a insatisfação do vereador, na verdade, teria como principal motivo a indicação de cargos, principalmente de uma sócia de sua empresa, que era comissionada e foi exonerada pela atual gestão.
O vereador se mostrou indignado pelo fato de sua sócia em uma empresa de arquitetura não ter sida agraciada com um cargo municipal. Alessandra Zanelatti Inoui era funcionária pública comissionada desde abril de 2015, quando foi empossada no cargo em comissão de Direção e Assessoramento Superior de Assessora Técnica na Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano.
Ela chegou a ser exonerada no dia 4 abril de 2016, mas novamente empossada no dia 5 do mesmo mês, agora na Direção e Assessoramento Superior de Diretora de Gerenciamento Urbano, também na Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano.
A empresária, que supostamente é sócia do vereador Abílio na empresa Instituto de Planejamento e Desenvolvimento Urbano Ltda, perdeu o cargo após a posse do prefeito Emanuel Pinheiro, o que teria revoltado o vereador, que também não estaria conseguindo emplacar novos indicados na gestão municipal.
Mesmo antes de assumir cometeu irregularidade para se eleger, pois teve o mandato cassado pela Justiça Eleitoral e se mantém como vereador por ter recorrido, e a Justiça se mostrar lenta. O processo de cassação está parado no Tribunal Regional Eleitoral.  A sentença de cassação de mandato foi proferida em outubro. O juiz negou o recurso no mesmo mês. Em novembro o caso foi sorteado ao juiz membro Ulisses Rabaneda e também encaminhado à Procuradoria.
Como se nota, as atividades desenvolvidas pelo vereador tendem a envergonhar seus eleitores, a maioria evangélicos da Assembleia de Deus, que vê seu representante na Câmara de Cuiabá trabalhar apenas em benefício próprio, pois não emplacou nenhum projeto de relevância para garantir o bem-estar do cidadão cuiabano.
PAI TENTOU ASSUMIR CULPA POR FANTASMA
Em uma tentativa de diminuir o impacto negativo da notícia da contratação de Damaris Rasteli como funcionária fantasma, em uma clara articulação do vereador Abílio junto ao deputado Rezende, o pai do vereador, Abílio Moumer, utilizou uma postagem em sua página pessoal no Facebook, para se dizer culpado pela contratação de sua esposa e madrasta do vereador como fantasma, ou seja, admitindo que ela não prestava serviço na Assembleia Legislativa.
Em um dos trechos Abilio escreve: "(...) pedindo a vocês que não falem mal do nosso pastor Sebastião... um homem fiel a Deus e honrado... e nem denigram a imagem da igreja porque é a noiva de Cristo.. Jesus deu sua vida por ela... toda essa situação só tem um culpado: eu, Abílio Moumer", para em seguida admitir ter sido ele quem lutou pelo cargo comissionado de Damaris, tentando isentar de culpa tanto o deputado quanto o filho-vereador.
Porém, nem o mais ingênuo acreditaria que Abílio Júnior não utilizaria seu cargo para beneficiar sua madrasta, que chegou a ser questionada pela reportagem do programa de Everton Pop se trabalhava no Legislativo, e foi evasiva. “Trabalho na Rádio Nazareno e dou aula de espanhol. Não sei porque você está me fazendo esta pergunta. Não te conheço”, afirmou ao repórter Arthur Garcia. Abilinho e Rezende também tentaram defender a servidora, mas com explicações contraditórias. 
Após a denúncia, conforme informações obtidas pelo jornal Centro-Oeste Popular, a senhora Damaris Rasteli pediu exoneração do gabinete do deputado Sebastião Rezende, o que pode ter provocado a ira do vereador, fazendo com que utilizasse a tribuna de maneira, para se dizer o mínimo, deselegante, e reafirmamos, mais uma vez tentando cercear a liberdade de imprensa.
http://www.copopular.com.br/politica/id-748741/vereador_abilio_se_descontrole_apos_denuncia_envolvendo_sua_madrasta_e_faz_uso_da_tribuna_tentando_cercear_a_liberdade_de_imprensa