Servidora é presa em MT por venda ilegal de lotes da prefeitura

Ela e outras três pessoas devem responder por associação criminosa
Polícia apreendeu R$ 2,6 mil com presos em operação 'Lote Limpo'
DA REDAÇÃO 
Uma servidora pública do município de Campo Verde (139 km de Cuiabá), foi presa na última sexta-feira (21) por falsificar documentos para a venda ilegal de lotes da prefeitura. Além da funcionária, outras três pessoas foram presas por participar da fraude.

Durante a ação, foram apreendidos documentos, aparelhos eletrônicos, dois veículos e dinheiro. Os presos devem responder por associação criminosa, falsificação de documento e peculato eletrônico.

As investigações que culminaram na operação “Lote Limpo” iniciaram em fevereiro de 2016, a partir de uma denúncia de que pessoas estavam realizando a falsificação de documentos para venda ilícita de lotes do município a particulares, contando com apoio de uma funcionária pública, cuja ação era fundamental para ludibriar as vítimas e garantir o sucesso da fraude.

Conforme apurado nas investigações, a associação criminosa vendia lotes às vítimas, falsificando os documentos necessários para fraude.

A servidora pública ficava responsável por alterar no sistema de cadastro imobiliário da Prefeitura os nomes dos proprietários, fazendo a vítima acreditar que o imóvel negociado estava em nome do pessoa que se apresentava como vendedor.

Após a venda fraudulenta, a servidora colocava o imóvel no nome da vítima para que ela acreditasse que a transferência era legítima. Nas investigações foram identificados lotes urbanos negociados pelos golpistas nos bairros São Miguel, Jupiara, Belvedere e Estação da Luz, no município de Campo Verde, porém há suspeita de fraudes em outros lotes em bairros diversos da cidade.

O delegado Mario Roberto de Souza Santiago Junior explicou que no Cartório de Registro de Imóveis o contrato de compra e venda não teria validade, tampouco as certidões negativas emitidas pela servidora, uma vez que os lotes jamais poderiam ser escriturados e registrados em nome das vítimas.

“Os golpistas foram monitorados durante três meses, sendo possível identificar os integrantes da associação criminosa e a forma que agiam. Eles usavam aparelho de rádio do tipo HT para comunicação fechada, por temerem ser interceptados”, destacou o delegado.

Na operação foram apreendidas duas caminhonetes, uma delas uma Toyota Hilux, comprada com o dinheiro adquirido com o golpe, além da apreensão de R$ 2,6 mil em dinheiro, diversos aparelhos celulares, computadores, rádio comunicador, rádio comunicador, documentos de contrato de compra e venda de terrenos e de veículos e uma algema.

Segundo Santiago, as investigações ainda estão em andamento e a Polícia continua ouvindo vítimas e testemunhas dos golpistas. “Esperamos que novas vítimas, ao tomar conhecimento das fraudes, compareçam a delegacia para noticiar o fato e assim concluir o inquérito nos próximos dias”, destacou o delegado.

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