O candidato a prefeito de Cuiabá, Wilson Santos: ações na Justiça
DOUGLAS TRIELLI
DA REDAÇÃO
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O candidato a prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), afirmou estar “tranquilo” com relação à ação em que é acusado de direcionar o processo licitatório da Rodoanel, rodovia projetada para funcionar como uma nova Perimetral entre Cuiabá e Várzea Grande.
A construção do Contorno Norte Sul, de 52 km, começou em 2006, mas em 2009 foi paralisada por indícios de irregularidades na licitação e na prestação de contas. Por conta disso, em 2015, Wilson, duas construtoras e outras quatro pessoas tiveram mais de R$ 22,9 milhões bloqueados pela Justiça Federal, a pedido do Ministério Público Federal (MPF).
Em entrevista à TV Centro América (Rede Globo), neste sábado (24), o candidato disse que ficou exposto na mídia por anos e somente agora foi notificado a apresentar defesa no processo.
“Com relação ao Rodoanel, não há condenação e não houve desvio de nenhum centavo no Rodoanel. Houve bloqueios de bens porque eu não fiz defesa. Até agora só a Justiça falou. Não fiz a defesa. Houve uma exposição enorme. São anos de exposição. Tenho 30 dias para responder. Fique exposto na mídia esse tempo todo”, afirmou.
Houve bloqueios de bens porque eu não fiz defesa. Até agora só a Justiça falou. Não fiz a defesa. Houve uma exposição enorme. São anos de exposição
Segundo o tucano, o relatório produzido pelo Exército Brasileiro não analisou toda a obra.
“O problema foi que o Exército mediu dois lotes, mas lá são três. Se o exército tivesse medido esses três lotes não haveria nenhuma defasagem. Estou tranquilo com relação ao Rodoanel. A obra vai ser retomada no início do ano pelo Governo do Estado”, disse.
Outros processos
Ainda durante a entrevista, Wilson Santos se defendeu sobre os outros processos judiciais que responde.
Entre eles está um em que é acusado de manter contratos vencidos com as empresas de transporte coletivo; por firmar contratos sem licitação para Secretaria de Meio Ambiente e deixar de recolher R$ 6 milhões aos cofres públicos; e uma em que já foi condenado por contratação indevida na Secretaria Municipal de Saúde.
“Tenho uma condenação, porque houve uma epidemia de dengue em Cuiabá e eu fiz a contratação por dispensa de médicos e enfermeiros para salvar vidas. Já sobre o desvio de R$ 6 milhões, já fui ouvido, assim como foram ouvidas oito testemunhas, sendo três do MPE, e todas disseram que nunca houve desvio de recurso público”, afirmou.
“Não tenho nenhum processo por crime, todos são por improbidade. E é praticamente impossível alguém que está há 30 anos na vida pública não responder por algo”, disse.
O tucano disse que manterá o discurso de ser um candidato ficha limpa e honesto. Sem citar o seu adversário, Emanuel Pinheiro (PMDB), disse que não se aposentou aos 30 anos, em referência ao Fundo de Assistência Parlamentar (FAP) recebido pelo peemedebista.
“Eu não me aposentei com 30 anos de idade, nunca fui condenado por desvio de recursos. O Tribunal de Contas do Estado e da União me colocam como ficha limpa. Tenho 30 anos de vida pública. Malandragem e desonestidade não pegam em mim”, completou.
