VENENO PRA TODO LADO Mauro Mendes admite atrasos à Saúde e aconselha Emanuel parar com "papagaiadas"

Governador afirma que Pinheiro iniciou diálogo maneira “equivocada”
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O governador Mauro Mendes (DEM) resolveu colocar mais veneno na relação com o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB). Segundo uma reportagem veiculada no programa Notícia de Frente, da TV Vila Real, na manhã desta quarta-feira (20), o chefe do Poder Executivo Estadual sugeriu que o gestor da Capital pare com “papagaiada”.
“Papagaiada”, de acordo com o Dicionário Aurélio, significa “palavratório confuso”. O termo também é geralmente utilizado para se fazer chacota.
As palavras são uma resposta ao próprio Emanuel Pinheiro, que na última segunda-feira (18) declarou que gostaria de conversar com Mauro Mendes para encontrar uma solução para a Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá – um hospital filantrópico que reclama um pagamento de R$ 3,6 milhões da prefeitura da Capital supostamente não realizado, e que suspendeu os atendimentos no último dia 11 de março. Ocorre que, no pedido de diálogo, Emanuel Pinheiro “convidou” Mauro Mendes a “tirar o veneno” antes da conversa.
O governador também classificou a declaração como “equivocada”. “Eu não entendi essa do prefeito. Primeiro, ao dizer isso, ele já abre um diálogo de uma forma totalmente equivocada. Não tenho problema nenhum com ele, com nenhum dos 140 prefeitos. Aliás o único prefeito que recebi até agora, numa audiência individual, foi o prefeito da Capital, Emanuel Pinheiro. Estou aberto a todo o diálogo, agora ele tem que dar conta do recado aqui em Cuiabá. Ele tem que fazer a sua parte, deixar até de fazer ‘papagaiada’ com algumas coisas”, provocou Mauro Mendes.
De acordo com o governador, o Estado também realiza repasses à Santa Casa de Cuiabá por meio da prefeitura. Questionado os repasses estariam em dia, porém, Mauro Mendes reconheceu que o Poder Executivo Estadual está “regularizando” os pagamentos.
Ou seja, há também dinheiro do Estado que a unidade de saúde filantrópica deixou de receber nos últimos meses. “Nossos repasses a Santa Casa eles são feitos via prefeitura municipal de Cuiabá, na chamada alta complexidade. Estamos regularizando esses repasses”, admitiu o governador.
Mauro Mendes comentou ainda a visita do secretário de Estado de Saúde (SES-MT), Gilberto Figueiredo, à Brasília (DF). Ele foi um dos participantes de uma reunião com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, na última quinta-feira (14).
A agenda contou com a participação de membros da bancada federal de Mato Grosso no Congresso, representantes da prefeitura de Cuiabá, da Câmara de Vereadores da Capital, da Assembleia Legislativa, e também da Santa Casa. O encontro teria garantido um aporte de R$ 50 milhões à Santa Casa – que também possui dívidas trabalhistas e com fornecedores, e não paga os salários dos funcionários da unidade de saúde a cerca de 4 meses.
Os políticos, no entanto, questionaram se a atual administração da Santa Casa seria confiável para gerir os recursos. Mauro Mendes reafirmou que deve se discutir a “lisura” da aplicação dos recursos e também fala em “desvios”. “Precisamos falar da lisura com que esses recursos foram administrados dentro da Santa Casa, porque não importa se é um hospital público ou filantrópico, que nós temos que abrir mão desse critério. Não dá pra ficar colocando muito dinheiro na Santa Casa, e continuar acontecendo aquilo que já foi publicamente dito e percebido: um desvio de conduta na aplicação desse dinheiro. E aí quando se gasta mal, não há dinheiro que dê”, disse.
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