TROCA DE FARPAS "Se tem veneno, não está dentro de mim. Emanuel que se explique"

Mendes nega “veneno” contra Emanuel e diz que manteve Santa Casa quando foi prefeito
Mauro Mendes
O governador Mauro Mendes
O governador Mauro Mendes (DEM) negou que tenha se recusado a ajudar a Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá por desentendimentos com o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). O emedebista pediu que o democrata “tire o veneno” e dialogue para encontrar uma solução para o fechamento da unidade filantrópica.

Em conversa com a imprensa, nesta terça-feira (19), Mendes disse ter uma série de atribuições e não ter tempo para pensar em trocar farpas com o prefeito da Capital.

“Primeiro que se tem veneno, não está dentro de mim. Eu tenho muitas ocupações, muitas atribuições e nunca demonstrei nenhuma atitude que pudesse demandar dele esse tipo de comportamento. Se há veneno, ele que se explique”, disse.

O governador voltou a dizer que a Santa Casa é de responsabilidade da Prefeitura de Cuiabá, que tem gestão plena sobre o assunto. Apesar disso, o secretário de Saúde, Gilberto Figueiredo (PSB) chegou a se reunir com o Ministério da Saúde, em Brasília, para buscar recursos para a unidade.

Mendes disse que enquanto foi prefeito, a Santa Casa sempre esteve aberta.

“A Saúde Pública de Mato Grosso está realmente em uma situação extremamente ruim, delicada, difícil. Em janeiro, tivemos que fazer a intervenção no Hospital de Rondonópolis. Fizemos em Sinop. Pegamos uma Saúde em situação de caos. Mais de R$ 400 milhões de restos a pagar, de dívidas com fornecedores, com consórcios, com Prefeituras. Um absoluto caos. Estamos trabalhando muito para enfrentar esses problemas”, afirmou.

“Quando fui prefeito de Cuiabá, conseguimos nos quatro anos administrar esse problema da Santa Casa e nunca deixei fechar. Eu desejo ao prefeito que faça o mesmo. O Estado tem dever de olhar para todos, mas eu sou governador de Mato Grosso, não posso olhar apenas para um Município, para um problema específico. Estarei sensível ao diálogo sobre qualquer tema que aflija os mato-grossenses, mas todos nós temos nossas responsabilidades”, completou.

A declaração

Na semana passada, logo após a Santa Casa paralisar as atividades, alegando falta de repasses da Prefeitura, Mendes foi questionado se ajudaria o Município. O democrata respondeu que a responsabilidade era de Emanuel e que já tinha diversos outros problemas para enfrentar.

Em seguida, Pinheiro disse que buscaria todas as maneiras para manter um diálogo com o governador.

“Quero conversar com Mauro, da mesma forma que conversei com ele sobre os R$ 82 milhões da emenda da bancada [para obra do novo Pronto-Socorro]. Vou falar: ‘Mauro, tira o veneno! Eu vou tirar o veneno também’”, disse.

“Vamos sentar nós dois, somos amigos, fui seu coordenador de campanha já. Sonhamos em 2012 você ser eleito prefeito de Cuiabá e você foi. Vamos voltar àquela época pra gente se relacionar. Cuiabá precisa do Estado e o Estado precisa de Cuiabá. Vamos tirar o veneno que muita gente gosta de jogar um contra o outro e vamos nos unir por Cuiabá. Eu me uni com Pedro Taques, Mauro. Quer coisa mais difícil que isso?”, afirmou.

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