CRISE NOS 300 Vereadores criticam prefeito por cancelar comemoração

Misael Galvão disse que o impedimento sobre o uso da Arena foi uma questão política
Os vereadores da Câmara Municipal se posicionaram sobre o anúncio do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) de cancelar o ‘Festival 300 anos’. Alguns apoiaram a atitude, como o caso do presidente da Câmara, Misael Galvão (PSB). Abilio Júnior (PSC) e Diego Guimarães (PP) afirmaram que não havia motivos para comemorar. Já o vereador Toninho de Souza (PSD) criticou o prefeito dizendo que a população também precisa de lazer. 

Abilio afirmou que a sociedade agradece a decisão, mas cobrou uma solução para o problema da saúde na capital. “Até Emanuel falar que estava chateado, ele fez em frente ao Ministério da Saúde, acho que ele fez isso de uma maneira muito errada, deveria comemorar os recursos que deveria trazer para Cuiabá e ações que ele faria na saúde”, disse. 

Diego Guimarães destacou que “finalmente o prefeito reconheceu que a sua gestão não tem nada para comemorar” e cobrou um anúncio da aplicação de dinheiro nos Hospitais. 

O evento que seria realizado nos dias 6, 7 e 8 de abril foi cancelado por Pinheiro, por não ter local disponível. O governo do Estado decidiu acatar o pedido do Ministério Público Estadual (MPE), que recomendou a não utilização da Arena Pantanal para a realização da festa. 

Misael Galvão disse que Emanuel acertou em cancelar o evento, justificando que a prioridade do prefeito no momento é resolver a situação da Santa Casa de Misericórdia. Questionado se houve uma falta de planejamento pela Prefeitura, Misael disse que o poder de liberação da Arena Pantanal não está nas mãos do prefeito.

“Todo cidadão cuiabano sabe que a Arena Pantanal não é somente para o futebol, é para multiuso. Só acho que diante dos fatos que estamos assistindo hoje na questão da Saúde, o prefeito acertou em cancelar. Mas, que foi uma questão política foi, está claro, a decisão de autorizar envolve o Governo e a Federação”, afirmou. 

Já Toninho de Souza pediu para que Pinheiro reveja a decisão, porque essa é uma data que não se comemora todos os dias. “É uma data histórica, já tinha uma programação especial com shows nacionais, é preparação de praticamente um ano e mantida pela iniciativa privada, não era recursos públicos, então população também tenho direito de comemorar”, afirmou. 

O parlamentar ainda lembrou que um outro grande evento ocorreu em 1969, quando Cuiabá fez 250 anos. Toninho disse que naquela época era diferente e que hoje a Cuiabá está moderna, bonita e que isso deve ser comemorado.

“Acho que o prefeito tomou uma decisão de cabeça quente lá em Brasília e espero que aqui em Cuiabá, ele possa rever e manter essa programação que é importante para nós cuiabanos faz parte da nossa autoestima”, ressaltou. 

Vale lembrar que o prefeito promete essa comemoração desde agosto de 2017, quando anunciou a criação da Secretaria dos 300 anos. Na ocasião, foram apresentadas 20 obras para os 300 anos da Capital mato-grossense, que somadas custariam cerca de R$ 500 milhões. Mas, até o momento, não foram entregues nenhum restaurante giratório em cima de uma torre, bem como a revitalização total do Mercado do Porto, inspirado no Mercado Municipal de São Paulo, a construção de dez parques e do Museu de Cera, além do Cais do Porto.

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