"velha política" Fábio Garcia admite que Mauro Mendes deixou inúmeras obras inacabadas em Cuiabá

Braço direito do governador eleito já faz críticas como pré-candidato em 2020, vai enfrentar Emanuel Pinheiro com apoio de Mauro Mendes



O ainda deputado federal Fábio Garcia (DEM) admitiu, em entrevista à Rádio Capital, nesta terça (16), que o governador eleito, Mauro Mendes (DEM), deixou inúmeras obras inacabadas em Cuiabá quando era prefeito.

Braço direito de Mendes, o deputado admitiu que ficaram inconclusas as Unidades de Pronto Atendimento (UPAS) do Jardim Leblon e Verdão, entre outras. A confissão de Garcia ‘escapou’ numa entrevista onde ele tentava atingir o atual prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, para quem não teria concluído as obras deixadas pelo antecessor.
Além das obras inacabadas, Mauro Mendes deixou um rastro de 40 mil buracos na cidade, contabilizados oficialmente pela Secretaria de Serviços Urbanos.
Para se ter uma ideia da irresponsabilidade administrativa do ex-gestor, sua principal obra, o Parque das Águas, foi inaugurada a toque de caixa, antes de encerrar seu mandato. Mas no dia seguinte foi fechado e só foi disponibilizado para a população 4 meses depois, após o atual prefeito concluir e fazer inúmeros reparos, como recuperação da pista de caminhada que já apresentava rachaduras antes mesmo da sua utilização.
Mauro Mendes, que foi eleito para administrar o estado, já começa mostrar o viés político de sua gestão antes mesmo de assumí-la, ao colocar ‘pau-mandado’ para criticar eventuais adversários políticos.
Cotado para assumir uma secretaria no governo de Mendes, Fábio Garcia se coloca já como adversário da atual gestão, e dá sinais de que por conta da diferença política, não vai ajudar Cuiabá.
O próprio Garcia já tentou articular a retirada de recursos para a conclusão do novo Pronto Socorro da capital, outra obra inacabada deixada por Mendes e que está sendo concluída por Emanuel Pinheiro.
À frente da prefeitura de Cuiabá, Mauro Mendes arrastou o projeto do novo PS por 4 anos, entregando só o ‘esqueleto’ e uma pendência judicial em relação ao terreno onde está sendo construído, assim como absoluta falta de dotação orçamentária para dar continuidade as obras. 
No período que antecedeu as eleições para o governo, Garcia chegou a proibir o Ministro Carlos Marun de visitar as obras retomadas pelo atual prefeito, com receio de que se tornasse um marketing para os adversários de Mendes.
A articulação do grupo que ascende o poder central do estado contra Cuiabá chegou a ser denunciado pelo então candidato ao governo, senador Wellington Fagundes (PR), em um dos debates eleitorais. Wellington acusou Mauro Mendes e Fábio Garcia de tramarem para que os recursos conseguidos pela bancada federal não chegassem para Cuiabá.
Viés político
As críticas de Fábio Garcia, além de serem contra a capital (pregando o pior para colher o melhor), são carregadas do prenúncio da sua pré-candidatura a prefeitura de Cuiabá em 2020, com o apoio da máquina governamental.
A velha tática política, porém, pode não funcionar. Em 2016, o deputado Wilson Santos (PSDB) também tentou ser eleito prefeito de Cuiabá com apoio irrestrito e escancarado do governo Pedro Taques, mas não prosperou. O atual prefeito, Emanuel Pinheeiro, foi eleito com mais de 60% dos votos e a derrota acabou refletindo negativamente na tentativa de Taques em se reeleger este ano ao governo, quando terminou em 4º lugar, perdendo inclusive para os votos brancos e nulos.

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