Ulysses Moraes - PRESIDÊNCIA DA AL Eleito pede união de novatos pela Mesa e auditoria

“A ideia é de uma Mesa Diretora sem vícios, sem vínculos, para dar um basta na política velha", disse
O deputado estadual eleito Ulysses Moraes: união de novatos por Mesa Diretora

O deputado estadual eleito Ulysses Moraes (DC) defendeu que os 14 novatos do Legislativo, que serão empossados em fevereiro de 2019, se unam por uma chapa para o comando da Mesa Diretora.

Em nota divulgada nesta segunda-feira (22), ele se colocou à disposição para concorrer à presidência da Assembleia.

“Diante da celeuma que já se faz em cima da futura Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, me disponho, junto com os novos, a discutir e formar uma chapa para concorrer com os antigos seja na posição de presidente ou qualquer outra. Vamos mostrar que é possível fazer mais com menos”, afirmou.

A ideia é de uma Mesa Diretora sem vícios, sem amarras, sem vínculos com quem quer que seja, para dar um basta na política velha

Segundo Ulysses, o atual presidente, deputado Eduardo Botelho (DEM), que deve tentar se manter no comando da Casa, manterá a atual estrutura e não mostra nenhuma vontade de reduzir "benesses e privilégios" dos parlamentares.

“A ideia é de uma Mesa Diretora sem vícios, sem amarras, sem vínculos com quem quer que seja, para dar um basta na política velha de assistencialismo e de fisiologismo, modelo esse repugnante”, afirmou.

“É primordial atender o clamor da sociedade, que não aguenta mais o modelo da velha política. Do que se ouve dizer dos parlamentares, seja vereador ou deputado, que utilizam seus gabinetes e seus funcionários para a prática de caridade, compra de passagens, de levar e buscar pessoas em hospitais, dentre outras coisas. Ora, isso é função do Executivo, tal prática é crime, constitui compra de votos, através do assistencialismo continuado”, disse.

Auditoria

O eleito afirmou que será necessário, assim que os novatos forem eleitos para Mesa Diretora, fazer uma auditoria nos gastos do Legislativo. Ele, entretanto, negou ser uma caça às bruxas.

“A nova composição terá inicialmente, como inevitável, rever e auditar as contas. Saber onde e como estavam sendo gastos e aplicados o dinheiro dos impostos. O propósito deve ser determinar o corte na própria carne, pois o dinheiro tem que ser usado onde mais precisa”, afirmou.

“Deixo claro, que não se trata de uma caça às bruxas, mas, apenas, com propósito de mapear, rastrear o caminho percorrido pelo dinheiro do povo, que está indo para outros lugares que não os beneficiam, pelo contrário, os oneram ainda mais. Portanto, é preciso urgentemente mudar o percurso, fazer uma rota diferente, aonde os recursos cheguem, onde dele há maior necessidade”, completou.

Cortes

Coordenador do Movimento Brasil Livre (MBL) em Mato Grosso, Ulysses Moraes afirmou assim que soube que foi eleito deputado estadual que, como parlamentar, irá propor projetos como a redução da verba indenizatória e maior prestação de contas.

Atualmente, cada deputado tem direito a R$ 65 mil de verba para cobrir despesas do exercício da função. Além disso, recebem um salário de R$ 25,3 mil.

Em agosto deste ano, os parlamentares foram alvo da Operação Déjà Vu. Segundo o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), “notas frias” eram utilizadas para simular a compra de materiais de papelaria e informática e assim justificar os gastos dos parlamentares com a verba indenizatória.

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