AÇÃO CONTRA SELMA “A justiça é para todos, inclusive para a ex-juíza”, afirma Fávaro

Candidato derrotado diz que ação será protocolada esta semana e que País já não aceita mais atos ilícitos

O agropecuarista e candidato derrotado ao Senado, Carlos Fávaro: ação contra Selma


O agropecuarista e candidato derrotado ao Senado Carlos Fávaro (PSD) confirmou que ingressará nesta semana com uma ação na Justiça Eleitoral pedindo a cassação da senadora eleita Selma Arruda (PSL), por suposta prática de caixa dois na campanha.

Por meio de nota, ele disse haver suspeitas com a juíza aposentada e que a Justiça deve ser para todos, inclusive ela.

“O Brasil está sendo passado a limpo. Qualquer ato que não condiz com a correção deve ser rechaçado. A justiça é para todos, inclusive para a ex-juíza. Então, se houve algo errado nesta campanha, vamos, sim, pedir investigação e a penalização adequada”, afirmou.

Fávaro disse que a eleição mostrou que os eleitores esperam novas práticas e disse não ser aceitável a suposta prática de caixa 2.


O Brasil está sendo passado a limpo. Qualquer ato que não condiz com a correção deve ser rechaçado

“Defendi durante a minha campanha uma nova maneira de fazer política. O Brasil já não aceita mais atos ilícitos na política e de seus governantes, como corrupção e ações de caixa dois. A Selma, como conhecedora das leis, deveria saber disso. O povo brasileiro já mostrou que exige correção dos homens públicos”, disse.

Conforme apurou a reportagem, Fávaro constituiu duas bancas renomadas de advogados em Brasília, que preparam a ação contra a juíza aposentada.

Selma foi eleita como a mais votada do pleito, com 24,65% dos votos. Ela foi seguida por Jaime Campos (DEM), que ficou com 17,82%. Fávaro ficou em terceiro, com 15,80%.


Não há um consenso sobre o que deve acontecer em caso de cassação de senador eleito. Existe uma corrente de juristas que defendem a necessidade de nova eleição, enquanto outra acredita que o terceiro colocado deva assumir o cargo. 

A ação deverá ter como base informações contidas no processo movido pela empresa de publicidade Genius Produções Cinematográficas, do marqueteiro Junior Brasa, que cobra R$ 1,1 milhão por conta de um contrato rompido por Selma na campanha.

No processo, o marqueteiro anexou cheques e pagamentos feitos no período de pré-campanha, o que pode configurar gastos de forma irregular. 

“Papelão”

Em conversa , na última terça-feira (24), Selma classificou a ação de Fávaro como “papelão”.

Para ela, Fávaro foi “mal instruído” em achar que irá assumir o cargo no caso de uma cassação, explicando que a lei exige uma nova eleição.

“Ele pode fazer o que ele quiser. A Justiça está aí para analisar, porém acredito que ele está mal instruído porque deve estar pensando que o terceiro lugar pode subir, mas na verdade o que as leis dizem é que nesse caso é necessária uma nova eleição. Eu duvido muito que ele tenha sido alertado sobre isso. Porque se fosse, não iria se prestar a um papelão desses”, afirmou a senadora.

“E mesmo que isso [cassação] acontecesse, eu duvido muito que os eleitores que me elegeram fossem votar exatamente na pessoa que me tirou. Não acho que seja uma boa estratégia, mas cada um faz o que quer”, completou.

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