“Precisamos terminar, apesar de o VLT ter sido um erro histórico”

Governador culpa corrupção por não conseguir concluir obras do Veículo Leve sobre Trilhos


O governador Pedro Taques (PSDB), que é candidato à reeleição

O governador Pedro Taques (PSDB), candidato à reeleição, afirmou que sua intenção é concluir as obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), em um eventual segundo mandato, mesmo considerando a obra como um “erro histórico”.

Em entrevista à rádio Jovem Pan, na manhã desta segunda-feira (20), o tucano disse que cuiabanos e várzea-grandenses ficaram “embebecidos” com a Copa do Mundo e não se atentaram às irregularidades.

“Objetivamente, precisamos terminar o VLT, apesar de o VLT ter sido um erro histórico de Mato Grosso. E poucas pessoas debateram isso como eu. Eu apanhei muito por criticar isso. Disseram que eu era da máfia dos combustíveis, que eu não queria o VLT. Mas a sociedade cuiabana e várzea-grandense parece que estava embebecida com as obras da Copa. Foi um erro histórico”, disse.

Taques voltou a dizer não ter conseguido concluir as obras por conta da corrupção descoberta após a delação do ex-governador Silval Barbosa.


Precisamos terminar o VLT, apesar de o VLT ter sido um erro histórico de Mato Grosso. E poucas pessoas debateram isso como eu

Segundo ele, antes disso, mantinha negociações com o Consórcio VLT, mas não sabia da existência das tratativas ilegais, apesar de supor.

“Por que o VLT não foi concluído? Não foi concluído em razão da corrupção. A corrupção não foi na nossa administração. Em fevereiro de 2017 houve uma operação chamada Descarrilho e demonstrou que Silval Barbosa recebeu dinheiro do Consórcio VLT. A culpa não foi do Pedro Taques, a culpa foi daqueles que roubaram o Estado de Mato Grosso”, afirmou.

“Na campanha, eu disse que terminaria o VLT, mas não jogaria o lixo para debaixo dos trilhos. Agora, não poderia adivinhar que o Silval Barbosa tinha recebido dinheiro do Consórcio. Nós poderíamos até supor. Tinha uma suposição sobre isso. Mas nem a imprensa investigativa do Estado, nem o MPE e o TCE sabiam disso. Isso foi descoberto em 2017”, disse.

Segundo Taques, construir um BRT [Bus Rapid Transit] seria possível com R$ 500 milhões. A estimativa do VLT chega a quase R$ 2 bilhões.

“O VLT tem problemas de projeto. Aí, dizem que em três anos não deu para resolver, mas ninguém quer fazer o VLT. Não posso ir lá e fazer o VLT, porque o Estado não tem mão de obra para isso. Agora, teremos um chamamento. Um edital internacional, feito corretamente, com participação do MPE e MPF e isso demora de seis a sete meses para ser construído”, afirmou.

“Mas nós terminaremos o VLT, porque não podemos jogar fora os vagões e o que foi gasto. Objetivamente, não terminamos o VLT em razão da corrupção que não é da nossa administração. Foi da administração passada, daqueles que querem voltar a administrar Mato Grosso”, cutucou se referindo a chapa do adversário Mauro Mendes, que conta com o MDB, ex-partido de Silval.


Plano de Governo

Em seu plano de governo para o segundo mandato, Taques cita apenas uma vez as obras do VLT.

No item de políticas urbanas, o tucano prometeu dar continuidade às ações de melhoria da Mobilidade Urbana, entre elas a finalização do VLT e definir modelo de gestão para a obra.

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