A juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Ana Cristina Silva Mendes, negou o pedido de liberdade de Kelle de Arruda Santos, alvo da operação “Renegados”, e suspeita de ser informante de uma suposta quadrilha formada por policiais civis e militares de Mato Grosso.
Em decisão publicada nesta sexta-feira (21), a juíza explicou que a denunciada descumpriu medidas cautelares, como a proibição de sair de casa em horários específicos, por exemplo. Ela chegou a ser presa em 2021 mas obteve o benefício da prisão domiciliar após alegar que tinha dois filhos menores de 12 anos – um deles portador de necessidades especiais.
“O fato de a acusada possuir filhos menores de 12 anos e um com necessidades especiais já foi ponderado quando do acolhimento da presente representação. Entretanto, não é demais salientar que nos autos do processo incidente cautelar que acompanhou a ação penal, não é a primeira vez que é noticiado o descumprimento das medidas cautelares impostas com a prisão domiciliar”, observou a magistrada.
RENEGADOS
O Poder Judiciário Estadual aceitou uma denúncia contra 25 policiais e ex-policiais, civis e militares, além de “apoiadores” e “informantes”, que fariam parte de uma organização criminosa que atuava na PJC de Mato Grosso. Os réus são acusados de concussão (receber ou exigir propina em razão do cargo que ocupam), roubo (com uso de arma de fogo, sob violência, mantendo as vítimas sob seu poder), além de “importar, produzir, transportar ou vender drogas”.
Segundo as investigações, a organização criminosa utilizou menores de idade para cometer os crimes. Tornaram-se réus Edilson Antônio da Silva, Alan Cantuário Rodrigues, Júlio Cesar de Proença, Paulo da Silva Brito, Rogério da Costa Ribeiro, André Luis Haack Kley, Frederico Eduardo de Oliveira Gruszczynski, Dhiego de Matos Ribas, Evanir Silva Costa, Raimundo Gonçalves Queiroz e Domingos Sávio Alberto de SantAna.
Ainda fariam parte da organização criminosa Reinaldo do Nascimento Lima, Natália Regina Assis da Silva, Manoel José de Campos, Jovanildo Augusto da Silva, Genivaldo de Souza Machado, Neliton João da Silva, Adilson de Jesus Pinto, João Martins de Castro, Delisflávio Cardoso Bezerra Da Silva, Sandro Victor Teixeira Silva, e Kelle de Arruda Santos, que também viraram réus no processo.
Segundo informações da decisão que aceitou a denúncia, a organização criminosa era dividida em quatro subgrupos - núcleo de integrantes da Polícia Judiciária Civil, núcleo de ex-integrantes da Polícia Judiciária Civil, núcleo de apoio aos integrantes e ex-Integrantes da Polícia Judiciária Civil e núcleo dos informantes. O MPMT revela que pelo menos 12 ações criminosas foram realizadas pelo grupo.
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