
Dois dias após o vereador Vinicyus Hugueney (PP) se manifestar favorável ao pedido de abertura de Comissão Processante contra o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) na Câmara, o gestor emedebista exonerou Gilberto Gonçalo Gomes do cargo de secretário, da pasta de Agricultura, Trabalho e Desenvolvimento Econômico de Cuiabá. Gilberto foi indicação da sigla progressista alicerçada por Vinicyus.
Hugueney comenta que já esperava essa atitude do prefeito, mas que não ficou chateado porque está, inclusive, se sentindo mais livre, com mais autonomia sobre o que vota ou não no dentro do Legislativo.
“Gilberto foi uma indicação partidária, não foi uma indicação somente minha. Mas creio que tenha sido sim uma retaliação, mas quem está perdendo é Cuiabá por conta da saída dele e pelo grande trabalho que ele estava fazendo na pasta. Ele continuou e ampliou muita coisa, mas estou bem tranquilo enquanto a isso. Vamos tocar o barco. Chateado em nenhum momento. E mesmo que meu partido seja da base de apoio de Pinheiro na Câmara, tenho autonomia e, sobretudo, convicção do que voto no parlamento”, disse Vinicyus ao Site O Bom Da Notícia.
Por meio de nota, o prefeito disse que no lugar de Gilberto assume a professora, a mestranda Débora Marques Villar, também indicação do Partido Progressista.
A votação para abertura da Comissão Processante que poderia resultar na cassação do prefeito Emanuel Pinheiro proposta pelo vereador Diego Guimarães (PP), na última terça-feira (2), na Câmara de Cuiabá, foi marcada por gritos de “fora Emanuel” das galerias. Os ânimos estavam tão exaltados que o presidente do Legislativo Misael Galvão (PSB), ameaçou até chamar a polícia para conter a população. Contudo, a matéria foi arquivada por 14 votos contrários e nove favoráveis à Comissão.
O pedido de cassação do mandato do prefeito é relativo a uma celeuma que se criou por conta de um aluguel feito sem licitação para instalação da Secretaria Extraordinária dos 300 anos de Cuiabá.
Gilberto foi uma indicação partidária não foi uma indicação somente minha. Creio que foi sim uma retaliação, mas quem está perdendo é Cuiabá por conta da saída dele e pelo grande trabalho que ele estava fazendo na pasta.
O espaço localizado na Avenida Getúlio Vargas nunca foi usado, mas era pago mensalmente ao valor de R$ 9 mil. Realizado com dispensa de licitação e publicada no Diário Oficial de Contas em maio do ano passado, o valor total do aluguel é de R$ 108 mil. Nesta segunda (1), o controlador-geral de Cuiabá, Marcus Brito, em reunião com os vereadores por Cuiabá, tirou dos ombros do prefeito Emanuel Pinheiro qualquer culpa relativa ao “aluguel fantasma”. Conforme ele, já foram pagos R$ 52 mil em um espaço jamais usado.
Foram favoráveis a Comissão Processante, os vereadores Vinicyus Hugueney (PP), Abilinho (PSC), Dr. Xavier (PTC), Felipe Wellaton (PV), Lilo Pinheiro (PP), Clebinho Borges (DC), Marcelo Bussiki (PSB), Dilemário Alencar (PROS) e Wilson Kero Kero (PSL).
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