
Prefeito Emanuel Pinheiro já assinou ordem de serviço para reforma do Mercado do Porto
O prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB), que não assume projeto de reeleição e tem dito que qualquer aliado tem legitimidade para disputar sua sucessão, não tem que o vice Niuan Ribeiro (PSD) rompa com a gestão para ser candidato de oposição em 2020. Ocorre que o social-democrata passou a fazer críticas contundentes à administração da Capital.
Caso resolva romper com Emanuel, Niuan segue o exemplo do ex-vice-governador Carlos Fávaro, presidente estadual do PSD. No passado, ele rompeu com o então governador Pedro Taques (PSDB), renunciou ao cargo e concorreu ao Senado pela coligação oposicionista liderada por Mauro Mendes (DEM), que venceu as eleições em 2018.
O racha começou ainda na pré-campanha de 2018, quando o antigo partido de Niuan, o PTB, preferiu apostar no filho do prefeito, Emanuel Pinheiro Neto, o Emanuelzinho - eleito federal-, ao invés de apoiar seu projeto a deputado estadual. Niuan então se filiou ao PSD e tem se mantido ainda mais distante da Gestão Emanuel
“Ele é livre, mas eu não gostaria que deixasse a gestão. Vamos conversar. Quero o Niuan cada vez mais participando, ajudando a melhorar a vida da população cuiabana”, disse Emanuel durante assinatura da ordem de serviço para revitalização do Mercado do Porto, na manhã desta quinta (4).
O emedebista também falou que críticas de aliados são salutares para corrigir rumos da gestão. Por isso, Emanuel garante que está sempre disposto a ouvir seu vice sobre a gestão de Cuiabá.
“Acho que o Niuan está bem entrosado e tem muito futuro. Ele tem o direito de externar suas opiniões. Isso é salutar e ajuda a gestão. O que tiver com razão, eu não tenho vergonha de mudar. O que eu mais quero é acertar. O que mais quero é os companheiros me falando a verdade e eu analisando se é conveniente ou não. Se tiver fundamento, não tenho constrangimento nenhum em voltar atrás para mudar, para avançar”, completou o prefeito.
Críticas
Nesta semana, Niuan voltou a se posicionar contrário à manutenção da Sec 300 e defende a sua extinção após 8 de abril, quando Cuiabá completa 3 séculos. “Apenas em salário haveria a economia de R$ 1,2 milhão ao ano. Vivemos um momento difícil e estes recursos poderiam ser aplicados em outras áreas mais importantes”, disse o vice-prefeito.
Niuan também apoia a medida do Governo Mauro que não autorizou Emanuel a utilizar a Arena Pantanal para as festividades dos 300 anos e avalia que Cuiabá tem necessidades mais urgentes do que shows. Em âmbito estadual, o PSD integra a base aliada de Mauro. “Vamos focar nas necessidades básicas da cidade. Temos visto o problema da Saúde, a Educação, ainda que de qualidade, pode avançar mais, ruas esburacadas. Tenho certeza que isso alegraria mais a nossa população e acho que este deve ser o foco”, sustenta.
Hoje, o PSD realiza, em Cuiabá, o 3º Encontro Estadual de Prefeitos. Lá, começa a discutir quais nomes se destacam para concorrer à Prefeitura de Cuiabá, Várzea Grande e outras cidades polo, além de debater estratégias para manter o tamanho da legenda em todo o Estado. O PSD é atualmente a sigla com o segundo maior número de prefeitos em Mato Grosso. São 25 prefeitos, 21 vice-prefeitos e 268 vereadores.
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