CUIABÁ: Vereador Abílio Brunini Jr foi o único Vereador a votar contra a educação na Câmara Municipal

Projeto de Emanuel para escolas em tempo integral foi aprovado na Câmara.
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A Mensagem do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) que cria o  Projeto Piloto da Escola em Tempo Integral no município de Cuiabá, teve seu parecer aprovado em Sessão Ordinária nessa quinta-feira (18), na Câmara de Vereadores. O primeiro passo para dar vida à iniciativa foi em março de 2017, no primeiro ano da gestão do prefeito. Agora, os vereadores vão discutir o mérito da matéria. 
A escola tempo integral é o que tem de mais eficaz na educação. Os alunos recebem cidadania, esporte, programas de saúde, dentista, aulas de robótica, línguas, economia criativa, entre outras.
Pelo projeto, a Escola Municipal de Ensino Básico Professora Francisca Figueiredo Arruda Martins, localizada no Bairro Jardim Eldorado, será a primeira a receber a ação. Segundo a Prefeitura, a escolha se deu porque o bairro é o mais violento da Capital de Mato Grosso. O Executivo Municipal espera que com o projeto os índices de violência possam ser reduzidos.  
A Mensagem é a 06/2019 e chegou à Câmara em janeiro deste ano. Em sua justificativa, o prefeito destacou que o projeto visa adequar Cuiabá à meta 6 do Plano Nacional de Educação de levar ensino em tempo integral aos estudantes da educação básica até 2024, ajudando a reduzir o índice de evasão escolar e a elevar a nota do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB).
A Escola de Tempo Integral trás um elemento novo, importantíssimo para o processo educacional: a ampliação do tempo de permanência dos alunos na escola. Essa ampliação pode permitir uma transformação na qualidade do processo ensino-aprendizagem há muito desejada. Estudo contínuo, discussão e reflexão são necessários para o desenvolvimento de projetos e práticas pedagógicas que repensem a organização desse novo tempo escolar, de tal forma que possam proporcionar aos alunos teoria e prática, conhecimento imbuído de experiência, para se transformar na práxis que dará a eles a competência e as referências para origem no mundo enquanto cidadãos.
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Especialista no assunto, professora Ana Maria comentou que a educação integral diz respeito à integralidade do sujeito, ou seja, ela propõe trabalhar com o ser humano de forma mais ampla. “O conceito de educação integral vai além dos aspectos da racionalidade ou cognição. Ele dá importância também ao olhar, às artes, à estética, à música, significa desenvolver as dimensões afetivas, artísticas, espirituais, os valores, a saúde, o corpo. O ponto principal que o envolve tem a ver com uma outra lógica de aprendizagem. A gente não aprende só na escola, adquirimos cada vez mais conhecimento durante toda a vida.  A relação que a educação integral tem com o espaço e o tempo é diferente da forma tradicional de educação que vemos na maioria das nossas escolas públicas.  Estamos diante de um cenário de quebra de paradigmas da forma de conceber e trabalhar com a educação integral, haja vista a superação de barreiras culturais, que perpassam as relações interpessoais e de poder no caráter organizacional da escola, impregnado de heranças burocráticas, tecnicistas e formalistas. Torna-se um desafio trabalhar a ressignificação das ações pedagógicas” finalizou
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No entanto, o projeto teve seu parecer aprovado com ressalva, tendo em vista que ele cria o cargo de diretor administrativo na unidade na escola. O vereador de oposição, Abílio Junior (PSC) afirmou que o cargo poderia ser indicado pela secretaria e não obedeceria à participação da comunidade.
Disse ainda que o projeto não deixa claro que a escola teria dois diretores, um eleito pela comunidade e um indicado pela Secretaria Municipal de Educação, o que poderia gerar conflitos na administração da escola.
O projeto teve 22 votos favoráveis a aprovação, o vereador Diego Guimarães (Progressista) se absteve e o vereador Abílio votou contra.
Ainda na sessão foi aprovado aprovado o projeto da prefeitura que cria o programa “Bem Morar – A Prefeitura reforma a sua casa”, que vai selecionar 300 famílias de baixa renda. Cada uma delas receberá até R$ 12 mil em um cartão magnético para adquirir material de construção para fazer reforma. A Prefeitura pretende lançar o programa nos próximos dias.

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