'CINCO MOSQUETEIROS' Oposição prepara mais dois pedidos de cassação contra Emanuel

Reprodução/Web

Um dia após a Câmara de Vereadores de Cuiabá arquivar o terceiro pedido de cassação contra o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), o vereador de oposição Abílio Júnior (PSC) afirmou nesta quarta-feira (3) que, dentro de 30 dias, um novo pedido pela “cabeça” de Emanuel deve ser feito na Casa.

Desta vez, estão sendo investigadas irregularidades nas Secretarias de Mobilidade Urbana, comandada por Antenor de Figueiredo Neto, e na de Obras Públicas, que tem como secretário Vanderlúcio Rodrigues da Silva. Além dos dois novos processos de investigação, o vereador relembra que ainda corre na Justiça o processo da Operação Sangria, que investiga supostos desvios na ordem de R$ 14 milhões na Saúde municipal.

Abílio disse que o ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Huark Correia, está prestes a fazer uma delação premiada, que pode complicar Emanuel. “Tem coisas que estão vindo. A gente está investigando, além disso têm as denúncias da Operação Sangria que não foram concluídas. O Huark está às vésperas de delatar, junto com outras pessoas, e o prefeito está na linha de tiro. Está se fechando o cerco e logo logo ele vai estar ou preso ou algo pesado vai acontecer com ele. Não duvido que dentro de 30 dias tenha um novo pedido de cassação do mandato do prefeito Emanuel, com os objetos novos, porque são muitas irregularidades dentro da prefeitura”, disse ele. 

O prefeito está na 'linha de tiro'. Está se fechando o cerco e logo logo ele vai estar ou preso, ou algo pesado vai acontecer com ele.

As denúncias da Sangria dão conta que, em delação premiada, um empresário teria revelado o esquema para abastecer campanha eleitoral de 2018.  Huark, e outras cinco pessoas, foram presas na segunda fase da Operação Sangria em março deste ano. O motivo da prisão é a suspeita de participação em um esquema de irregularidades na prestação de serviços médicos hospitalares.

Um dos suspeitos teria sido eleito deputado federal. Na denúncia, ainda consta que o dinheiro desviado não era depositado em nenhuma conta bancária ou guardado em residência de um dos envolvidos, mas sim escondido na suíte de um motel na Avenida Beira Rio, na Capital.  Desde que assumiu a Prefeitura de Cuiabá em 2016, Emanuel já enfrentou três pedidos de cassação na Câmara de Cuiabá, no entanto, nenhum deles foi aprovado pelo plenário. 

O primeiro ficou conhecido como ‘CPI do Paletó’ em agosto de 2017. Os vereadores se basearam uma delação premiada do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) no qual Emanuel Pinheiro, na época deputado estadual, aparece em vídeo recebendo maços de dinheiro e guardando no bolso do paletó. O assunto foi tema de diversos telejornais brasileiros.  

O segundo é referente a Operação Sangria, e o terceiro pedido de cassação, também foi arquivado pela Câmara, diz respeito aos ‘aluguéis fantasmas’. Emanuel havia sido denunciado por conta de um aluguel feito sem licitação para instalação da Secretaria Extraordinária dos 300 anos de Cuiabá. O espaço localizado na Avenida Getúlio Vargas nunca foi usado, mas era pago mensalmente ao valor de R$ 9 mil. Realizado com dispensa de licitação e publicada no Diário Oficial de Contas em maio do ano passado, o valor total do aluguel é de R$ 108 mil.   

Este último entrou em votação na Casa nesta terça-feira (2) e foi arquivado pela maioria em plenário. Foram 14 votos contrários e 9 favoráveis à cassação do mandato. “Tivemos uma votação melhor. Foram 9 vereadores que votaram pelo pedido de cassação, mas ainda demonstra que existe uma base forte do prefeito na Câmara. Ele tem o apoio de parlamentares que ajudam ele a fazer uma má gestão na Prefeitura de Cuiabá, nesse projeto de destruir Cuiabá”, finalizou ele.

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