A votação do requerimento apresentado pelo vereador Diego Guimarães (PP), nesta terça-feira (02), para instaurar uma Comissão Processante visando apurar irregularidades no aluguel de um imóvel pela gestão Emanuel Pinheiro (MDB), deixou claro que as coisas mudaram lá pelas bandas do Palácio Pascoal Moreira Cabral. Apesar da vitória da situação por 14 x 9, o placar sinaliza a perda de parte da base de sustentação do governo na Câmara Municipal.
Isso porque quatro vereadores que até então se posicionavam favoráveis aos projetos encaminhados àquela Casa pelo prefeito, decidiram mudar a postura. Um deles é Lilo Pinheiro (PRP), que além de primo de Emanuel, foi líder do prefeito na Câmara por dois anos consecutivos. De acordo com ele, a decisão independe do grau de parentesco, uma vez que considera ter sido alçado ao cargo parlamentar pela população. “Aquilo que for melhor pra Cuiabá, tem meu apoio”.
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Outro parlamentar que chamou a atenção pela mudança de posição foi Vinícyus Hugueney (PP), que até pouco tempo comandava a pasta de Agricultura, Trabalho e Desenvolvimento Econômico e Social, na gestão Emanuel Pinheiro. Além de ambos, votaram alinhados com a oposição os vereadores Clebinho Borges (DC), Wilson Kero Kero (PSL) e Dr. Xavier (PTC). Já Abílio Brunini (PSC), Felipe Wellaton (PV), Marcelo Bussiki (PSB) e Dilemario Alencar (Pros) mantiveram-se alinhados com a oposição.
Pelo regimento interno, o presidente da Câmara, vereador Misael Galvão (PSB), e o propositor, Diego Guimarães, não votam. O líder do governo na Casa, vereador Luís Claudio (PP), classifica a mudança como eleitoreira. Para ele, não houve ato de improbidade administrativa por parte do prefeito no aluguel de um imóvel comercial, localizado no Centro da capital, que jamais foi ocupado.
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A denúncia que embasou o pedido de Diego tem como base o pagamento de R$ 52 mil em aluguéis de um imóvel que ficou vazio durante um ano. A celeuma provocou a queda do secretário de Comunicação de Cuiabá, Júnior Leite, na semana passada. Em contrapartida às investidas da oposição, o vereador da base governista, Chico 2000 (PR), apresentou e conseguiu a aprovação de um requerimento para abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), em substituição à proposta de Guimarães, visando investigar todos os contratos de alugueis da Prefeitura. Diego, por sua vez, denominou de ‘CPI Chapa Branca’.

Vereadores rejeitam afastamento de Emanuel.
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