300 ANOS Cuiabá nunca teve nenhum prefeito top, avalia Bezerra

Ele já foi prefeito, deputado estadual, governador, senador e atualmente está licenciado do mandato de deputado federal. Em seus 62 anos de vida política, ele começou aos 15 como líder estudantil, já conviveu com importantes nomes regionais e da esfera nacional. Em sua análise sobre o aniversário de Cuiabá, ele pontua que a Capital ainda não teve um prefeito 100% completo.

Arte 300 anos

Gazeta Digital – Da sua convivência na Capital, algum prefeito se destacou?
Carlos Bezerra – Dos prefeitos todos, alguns foram médios, mais ou menos, mas, assim top top, não lembro de nenhum, que fizesse trabalho popular.

GD – Nenhum prefeito teve uma boa atuação?
Bezerra – Cuiabá teve bons prefeitos. Alguns eram ligados a nós politicamente, outros adversários. Mas me lembro de um prefeito quando eu era garoto, Hélio Palma de Arruda, que foi um bom prefeito de Cuiabá. Roberto França também fez uma boa gestão. E tem vários outros que foram bem. O próprio Dante de Oliveira fez uma administração razoável, no nível desses daí.


GD – Na sua avaliação, o que faltava nesses prefeitos que o senhor classifica como razoáveis?
Bezerra – Nenhum prefeito de Cuiabá foi 100% do que eu imagino que seja um prefeito, em toda a história de Cuiabá. Na época do Dante de Oliveira, por exemplo, eu era governador, eu tive que inventar a compra de uns terrenos para passar dinheiro para a Prefeitura não atrasar salários.

GD – E o que um prefeito precisa ter para ser 100%?
Bezerra – Isso que acho que faltou em Cuiabá, um prefeito mais arrojado, que envolvesse a sociedade na participação popular.

João Vieira
Carlos Bezerra

GD – Com tanta experiência política, que dica o senhor daria para o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) e o próximos gestores da Capital?
Bezerra – Nós não temos dois caminhos. A política é o único caminho que nós temos para encaminhar as coisas. Quanto mais o político estiver próximo da população, quanto mais estiver governando com a cabeça da população, os desejos da população, melhor é a cidade.

GD – É preciso estar mais perto da população?
Bezerra - A cidade não é esse centrão aqui, esse centrão é minoria. A cidade são os bairros periféricos, que tem milhares de pessoas. E cada bairro desses com seu problema, não tem nenhum sem problema. Que podia ser resolvido facilmente se houvesse um envolvimento da população. Se houvesse uma conjunção entre a prefeitura e a população, 90% desses problemas superariam.

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