Prefeito de Cuiabá e deputados são denunciados por suspeita de desvios na Assembleia Legislativa

O grupo é suspeito de desviar aproximadamente R$ 600 mil referentes a recursos públicos oriundos de verbas indenizatórias nos anos de 2012 a 2015.


O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), o presidente da Assembleia, Eduardo Botelho (DEM), e mais doze pessoas, entre deputados estaduais, ex-parlamentares, contadores e servidores do Legislativo estadual foram denunciadas nesta terça-feira (25) pelo Ministério Público Estadual.
O presidente da ALMT, deputado Eduardo Botelho (PSB), é um dos denunciados — Foto: Marcos Lopes da Silva/ALMT
O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho,  foi acusado de ter aprestado contas de gastos usando uma nota fria no valor de R$ 7.143,00.
A imprensa da capital, Botelho disse ter a certeza de que a Justiça não vai acatar a denúncia oferecida contra ele pelo Ministério Público Estadual (MPE), por supostos desvios no Legislativo.

“Não existe essa nota prestado conta. Mas mesmo assim o MPE decidiu que deveria denunciar. Vamos oferecer nossa defesa e eu tenho certeza de que não vai ser aceita essa denúncia”

grupo é acusado de desviar aproximadamente R$ 600 mil referentes a recursos públicos oriundos de verbas indenizatórias nos anos de 2012 a 2015. Eles vão responder pelos crimes de associação criminosa, peculato e destruição de documentos públicos.

A lista de denunciados divulgado pelo Ministério Público inclui também o deputado Ondanir Bortolini (PSD), o “Nininho”; e os ex-parlamentares Zeca Viana, José Riva e Wancley de Carvalho.

Também figuram no polo passivo da denúncia Hilton Carlos da Costa Campos, Vinícius Prado Silveira, Geraldo Lauro, Ivone de Souza, Renata do Carmo Viana Malacrida, Tschales Franciel Tschá, Camilo Rosa de Melo e Ricardo Adriane de Oliveira.

A denúncia é assinada pelo Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco Criminal), que processa pessoas com foro especial por prerrogativa de função.

De acordo com o MPE, os fatos foram apurados pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) na “Operação Dejá vú”.
Caso a denúncia seja aceita pela Justiça, eles vão responder pelos crimes de associação criminosa, peculato e destruição de documentos públicos.
Conforme o Ministério Público, os documentos públicos relacionados às verbas indenizatórias investigadas “simplesmente sumiram, seja dos escaninhos da Secretaria da AL/MT (onde deveriam estar arquivados os memorandos), como nos gabinetes de cada um dos parlamentares (onde deveriam estar arquivadas as vias protocoladas e as notas fiscais que lastrearam o pagamento da indenização)”.

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