
Ex-secretário de Saúde Huark Douglas foi preso novamente após revogação das cautelares
A Polícia Judiciária Civil, no âmbito das investigações da Operação Sangria, cumpriu seis mandados de prisão preventiva, na manhã deste sábado (30), contra os membros da organização criminosa do esquema para monopolizou a saúde em Mato Grosso, por meio da prestação de serviços médicos hospitalares. Um dos alvos não foi localizado e ficou de se apresentar à Polícia Civil ainda hoje.
Inclusive, Huark Douglas, que é o ex-secretário de saúde de Cuiabá, foi preso novamente. Ele é suspeito de ser líder do esquema criminoso. Ele foi exonerado pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) em dezembro do ano passado, logo após a deflagração da Operação Sangria.
Outro investigado pelo conluio com Huark é o ex-secretário adjunto de Saúde de Cuiabá, Flávio Alexandre Taques. Ele teve um mandado de prisão para ser cumprido no início de janeiro deste ano, após a deflagração da segunda fase da Operação Sangria, onde era o único alvo. Mas ficou foragido por duas semanas até se entregar a polícia.
Além de Huark, foram presos Fábio Liberali, Fábio Taques, Kednia Iracema Servo, Luciano Correia, Fábio Taques Figueireiro. E deve se apresentar a investigada Celita LIberali. Os mandados foram cumpridos em Cuiabá e Várzea Grande.
Na sexta (29), o desembargador Alberto Ferreira de Souza revogou as medidas cautelares decretadas anteriores e determinou novamente a prisão preventiva dos envolvidos nas fraudes de desvios de recursos da saúde pública.
A investigação da Operação Sangria apura fraudes em licitação, organização criminosa e corrupção ativa e passiva referente a condutas criminosas praticadas por médicos e administradores de empresa, funcionários públicos e outros, que causaram lesão ao erário público e estão vinculados a Secretaria de Estado de Saúde e a Secretaria Municipal de Saúde, através de contratos celebrados com as empresas usadas pela organização, em especial, a Proclin e a Qualycare.
Segundo a apuração, a organização mantinha influência dentro da administração pública, no sentido de desclassificar concorrentes, para que ao final apenas empresas pertencente a eles (Proclin/Qualycare) possam atuar livremente no mercado.
Os presos estão na Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz) e serão apresentados em audiência de custódia neste sábado. (Com Assessoria)
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