DISPUTA PELA PREFEITURA SEM PALETÓ: Emanuel Pinheiro, caso dispute a reeleição deverá ser julgado nas urnas pelo seu desempenho atual e não por fatos passados, avalia consultor

“O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), caso se disponha a ser candidato à reeleição, será julgado nas urnas pelo desempenho de seu atual mandato e não por episódios ocorridos quando era deputado estadual”, avalia o consultor Darcy Pretto.  Ele também observa que a disputa pelo comando da prefeitura cuiabana está sendo precipitada pela ação de interessados no cargo e que "açodadamente já 'atiram' no prefeito, que sequer disse que vai disputar a reeleição". "Estão gastando 'munição' antes da hora, além de que podem estar vitimizando Emanuel". Para o consultor, eventuais opositores do chefe do Executivo cuiabano estariam apostando errado se insistirem na tecla do caso que envolve uma filmagem de Pinheiro, à época que era parlamentar estadual, recebendo uma importância em dinheiro, em uma sala no Palácio Paiaguás.  A imagem em questão foi estampada nacionalmente e apresentada como uma suposta propina que ele estava recebendo para apoiar, no Legislativo, projetos de interesse do então governador Silval Barbosa. Emanuel nega a insinuação e diz que foi ao Palácio para fazer o recebimento de uma dívida que o ex-governador tinha com um irmão do então deputado e hoje prefeito. “A cena, com todas as características de que tenha sido armada por Silval, é forte e quando foi ao ar pela primeira vez, realmente causou efeitos negativos, mas de tanto ser repetida, principalmente pelas mídias sociais, já deixou de causar impactos, principalmente se  vier a ser explorada em futura campanha eleitoral”, avalia Pretto.  “Será vista como coisa ‘requentada’ e numa disputa eleitoral o que causa comoção social são fatos novos e capazes de impactar o eleitorado”. Darcy entende que o prefeito Emanuel Pinheiro precisa, no momento, é de criar uma mídia inovadora, comparativa, que mostre, sem muitas firulas, de forma objetiva e clara, a situação atual da Capital com a realidade anterior que ele herdou. O consultor, a propósito, lembra que um dos motivos que levaram o ex-governador Pedro Taques (PSDB) a ser derrotado no seu projeto reeleitoral foi insistir, em sua campanha, vincular a imagem de Mauro Mendes com a do ex-governador Silval Barbosa e o MDB, partido que estava aliado na coligação que acabou elegendo o atual governador. “Taques desperdiçou o horário eleitoral de sua campanha batendo numa tecla errada, ao invés de aproivetar esse tempo precioso no Rádio e na TV para mostrar as obras que tinha executado em sua gestão, fazer comparativos e apontar o que poderia realizar a mais caso tivesse outros 4 anos outorgados pelos eleitores. Mas prefeiriu ‘bater’ em Silval, que já estava politicamente morto, como se este e o MDB fossem candidatos a governador”. De acordo com o consultor, o mesmo pode ocorrer no próximo pleito, na hipótese dos eventuais concorrentes de Emanuel Pinheiro apostarem no epísódo conhecido como do “paleto” utilizando-se disso para desgastar o prefeito. “Esse lance da filmagem envolvendo o ex-deputado, na sociedade multimídia que vivemos é ‘matéria vencida’ e pertence ao passado”. Outro fato negativo que pesou contra Taques foi a relação tumultuada que manteve com o funcionalismo estadual.  “Os servidores públicos formam o segmento mais corporativo, mobilizador e politizado de Mato Grosso e o seu peso eleitoral é grande no Estado, mas é maior ainda em Cuiabá”. “E a relação amistosa que a administração cuiabana vem mantendo com os funcionários municipais é um fator que deverá favorecer Emanuel Pinheiro”, avalia. “Ao eleitor, cada vez mais pragmático, interessa saber se o gestor que ele elegeu e poderá reeleger, está realizando uma administração que tenha resolutividade no encaminhamento dos problemaas e demandas, aliás, históricas em Cuiabá nos setores da saúde e limpeza pública – os mais ligados diretamente à prefeitura, além de medidas para desafogar o trânsito, melhorar o asfalto e a urbanização”. “É este Emanuel Pinheiro que deverá ser julgado na urnas em 2020”, finaliza.

Fonte: Página Única