ALUGUEL DE IMÓVEL Emanuel diz que “quem não deve, não teme”, mas evita explicar

Vereador de oposição tenta abrir comissão processante que pode cassar o prefeito
O prefeito Emanuel Pinheiro, que pode ser alvo de comissão processante na Câmara

DA REDAÇÃO
O prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB) afirmou estar tranquilo mesmo diante da possibilidade de a Câmara de Vereadores instaurar uma comissão processante que pode resultar na cassação de seu mandato.

O autor do pedido é o vereador Diego Guimarães (Progressistas), que aponta suposta infração político-administrativa de Emanuel. O Município teria alugado dois imóveis para sediar o prédio da Secretaria dos 300 Anos (Sec 300), sendo que um deles jamais fora usado, embora a Prefeitura tenha desembolsado R$ 72 mil pela locação.

“Quem não deve não teme. Respeito os vereadores, é um direito da Câmara, é prerrogativa dela e que façam seu trabalho”, disse o prefeito.

Ele, no entanto, preferiu não dar muitas explicações sobre o assunto e disse que irá se posicionar assim que se inteirar de todos os fatos contidos na denúncia.
Quem não deve não teme. Respeito os vereadores, é um direito da Câmara, é prerrogativa dela e que façam seu trabalho

“Tão logo tome conhecimento de tudo, tomarei a decisão adequada com base na transparência e no respeito ao dinheiro público, como tem sido a marca de nossa gestão até o momento”, afirmou.

Emanuel, que esteve em Brasília nesta semana, afirmou que se reunirá com sua equipe ainda nesta sexta-feira (29).

“Cheguei de Brasília ontem à noite, fiquei sabendo da repercussão na imprensa, já convoquei uma reunião extraordinária com minha equipe para amanhã, com algumas pautas definidas, inclusive essa”, disse ele, durante evento realizado na tarde de quinta-feira (28).

“A decisão que tomarei quanto a isso - tão logo tome pé da situação e tenha conhecimento de todos os assuntos, fatos e documentos - é o compromisso com a população cuiabana com uma gestão proba”, resumiu.

Comissão processante

De acordo com o vereador Diego Guimarães, o contrato para locação do imóvel não utilizado só pode ser celebrado porque teve a ratificação do prefeito. 

Para o membro da oposição, o fato "demonstra sua omissão e negligência na defesa de rendas, direitos e interesses do Município, incorrendo em infração político-administrativa”.

Para a abertura de uma comissão processante na Câmara dos Vereadores, são necessários 15 votos.

Até o momento, além do autor do requerimento, já se posicionaram favoráveis à abertura da investigação os vereadores Abílio Junior (PSC), Felipe Wellaton (PV), Dilemário Alencar (PROS) e Marcelo Bussiki (PSB).

Segundo Diego Guimarães, outros dois colegas – os quais ele preferiu não citra nomes - já sinalizaram apoio.

Caso o requerimento não seja viabilizado, o vereador prepara a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a questão dos aluguéis e também outros atos da SEC 300.

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