Ta­ques nega en­vol­vi­mento com Alan Ma­louf

O go­ver­nador de Mato Grosso, Pedro Ta­ques (PSDB), can­di­dato à re­e­leição se pro­nun­ciou, por meio de uma nota en­viada à im­prensa pelo Ga­bi­nete de Co­mu­ni­cação (Gcom), sobre a ma­téria vei­cu­lada nesta terça-feira (21) pelo Jornal Folha de São Paulo. A re­por­tagem fala sobre o aval dado pelo mi­nistro do Su­premo Tri­bunal Fe­deral (STF) Marco Au­rélio ao acordo de de­lação pre­miada do em­pre­sário Alan Ma­louf, que diz ter par­ti­ci­pado de um es­quema de re­passes de caixa dois e desvio de di­nheiro pú­blico que en­volve Ta­ques.
Na nota, o go­ver­nador negou qual­quer en­vol­vi­mento com o em­pre­sário que a sua conta de cam­panha de 2014 foi apro­vada sem res­salvas pela Jus­tiça. Diz ainda que Ma­louf não exerceu qual­quer cargo ou de­le­gação na ar­re­ca­dação de fundos elei­to­rais. Ta­ques ainda clas­si­ficou as de­cla­ra­ções do in­ves­ti­gado como uma “ten­ta­tiva men­ti­rosa” de en­volve-lo em crimes que ja­mais teve co­nhe­ci­mento. Con­firma ainda que, no dia 4 de maio de 2017, prestou in­for­ma­ções à Pro­cu­ra­doria Geral da Re­pú­blica sobre a Ope­ração Rê­mora.
Ta­ques ainda des­tacou que dos 16 con­tratos de­nun­ci­ados pelo Mi­nis­tério Pú­blico nas três fases da Ope­ração Rê­mora, o Go­verno res­cindiu 14 deles. O go­ver­nador também disse que a acu­sação do in­ves­ti­gado Alan Ma­louf contra o ex-se­cre­tário de Es­tado Júlio Mo­desto não pro­cede porque Júlio não foi co­or­de­nador de suas contas na cam­panha.
Con­fira a ín­tegra da nota emi­tida pelo Ga­bi­nete de Co­mu­ni­cação do Go­verno de Mato Grosso:
“01) O go­ver­nador Pedro Ta­ques nega en­fa­ti­ca­mente as afir­ma­ções le­vi­anas do in­ves­ti­gado Alan Ma­louf sobre a fan­ta­siosa exis­tência de va­lores não con­ta­bi­li­zados na cam­panha de 2014 e rei­tera que todas as mo­vi­men­ta­ções fi­nan­ceiras do re­fe­rido pleito elei­toral en­con­tram-se de­vi­da­mente re­gis­tradas na Pres­tação de Contas do PDT, par­tido pelo qual Pedro Ta­ques dis­putou aquelas elei­ções, sendo que a pres­tação de contas da cam­panha foi apro­vada sem res­salvas pela Jus­tiça Elei­toral.
 02) O go­ver­nador afirma, ainda, que Alan Ma­louf ja­mais exerceu qual­quer cargo ou de­le­gação na ar­re­ca­dação de fundos elei­to­rais, e que todas as do­a­ções, de pes­soas fí­sicas ou ju­rí­dicas (na época, per­mi­tidas) foram de­vi­da­mente re­gis­tradas. Por­tanto, caso haja qual­quer valor que even­tu­al­mente tenha sido mo­vi­men­tado pelo in­ves­ti­gado e que não es­teja con­ta­bi­li­zado, não foi uti­li­zado na cam­panha, ca­bendo apenas e tão so­mente ao in­ves­ti­gado es­cla­recer origem e des­tino dos va­lores por ele men­ci­o­nados.
03) O go­ver­nador clas­si­fica as de­cla­ra­ções do in­ves­ti­gado como uma ten­ta­tiva men­ti­rosa de en­volvê-lo em ações cri­mi­nosas das quais ja­mais teve co­nhe­ci­mento, tam­pouco delas deu ordem ou par­ti­cipou. La­menta, ainda, que o in­ves­ti­gado tente en­volvê-lo nos atos ile­gais, con­tra­ri­ando todos os de­mais de­poi­mentos já pres­tados nessa in­ves­ti­gação – com o claro pro­pó­sito de des­viar o foco das acu­sa­ções que pesam contra si -, e in­forma que cons­ti­tuiu ad­vo­gados para atuar no pro­cesso ju­di­cial e ga­rantir que a ver­dade pre­va­leça. 
 04) Pedro Ta­ques res­salta que tem uma vida de luta contra a cor­rupção e os cor­ruptos, já tendo en­fren­tado e des­man­te­lado inú­meras qua­dri­lhas que agiam no Es­tado e no país, e ja­mais com­pac­tu­aria com qual­quer ato ilegal, es­pe­ci­al­mente re­la­ci­o­nado a des­vios de re­cursos pú­blicos.
 05) O go­ver­nador Pedro Ta­ques in­forma também que já prestou, no dia 04 de maio de 2017, in­for­ma­ções à Pro­cu­ra­doria Geral da Re­pú­blica sobre a mesma Ope­ração, apon­tando os equí­vocos do de­poi­mento do em­pre­sário Alan Ma­louf, já nar­rados acima, e res­ta­be­le­cendo a ver­dade dos fatos.
 06) Sobre a Ope­ração Rê­mora, o go­ver­nador es­cla­rece que tomou todas as me­didas que com­pe­tiam ao Es­tado assim que a ope­ração do Mi­nis­tério Pú­blico Es­tado foi de­fla­grada para apurar a exis­tência do es­quema de con­luio de em­pre­sá­rios, entre os quais o se­nhor Alan Ma­louf, e ser­vi­dores pú­blicos para fraudar li­ci­ta­ções no valor de R$ 56 mi­lhões na Se­cre­taria de Es­tado de Edu­cação. Entre as me­didas, foi re­a­li­zada uma au­di­toria pela Con­tro­la­doria Geral do Es­tado e todos os ser­vi­dores pú­blicos ci­tados foram exo­ne­rados (no caso dos ex­clu­si­va­mente co­mis­si­o­nados) ou afas­tado de suas fun­ções até con­clusão do res­pec­tivo Pro­cesso de Ad­mi­nis­tra­tivo Dis­ci­plinar (no caso do ser­vidor efe­tivo).
 07) Es­cla­rece, ainda, que dos 16 con­tratos de­nun­ci­ados pelo Mi­nis­tério Pú­blico nas três fases da Ope­ração Rê­mora, o Go­verno res­cindiu 14 deles, im­pe­dindo a ma­te­ri­a­li­zação de pre­juízos ao Erário, além de ou­tras me­didas, in­clu­sive ju­di­ciais, para res­sar­ci­mento de va­lores que even­tu­al­mente te­nham sido des­vi­ados dos co­fres pú­blicos. Já dois con­tratos não foram res­cin­didos porque já es­tavam com sua exe­cução pra­ti­ca­mente con­cluída, sem pre­juízo de even­tuais san­ções por com­pro­vação de al­guma ile­ga­li­dade. Desta forma, do total de R$ 56 mi­lhões em con­tratos, a Con­tro­la­doria Geral do Es­tado apurou que o dano po­ten­cial es­teja na ordem de R$ 370 mil, dano este que será res­sar­cido no pro­ce­di­mento de res­pon­sa­bi­li­zação das em­presas en­vol­vidas.
 08) Pedro Ta­ques re­a­firma que foi e é ad­ver­sário po­lí­tico do grupo do ex-go­ver­nador Silval Bar­bosa, não fez nem au­to­rizou nin­guém a fazer acordo de qual­quer na­tu­reza com Silval, que é réu con­fesso em di­versos crimes contra a ad­mi­nis­tração pú­blica.
 09) Pedro Ta­ques in­forma ainda que a acu­sação do in­ves­ti­gado Alan Ma­louf contra o ex-se­cre­tário de Es­tado Júlio Mo­desto não pro­cede porque Júlio não foi co­or­de­nador de suas contas na cam­panha e atuou na ad­mi­nis­tração es­ta­dual em razão dos pró­prios mé­ritos com pro­fis­si­o­na­lismo, se­ri­e­dade e com­pe­tência, sem o co­nhe­ci­mento de qual­quer ato que de­sa­bo­nasse seu tra­balho.
 10) Por fim, o go­ver­nador Pedro Ta­ques rei­tera sua con­fi­ança na Jus­tiça e no Mi­nis­tério Pú­blico e tem con­vicção que, ao final das in­ves­ti­ga­ções e ações ju­di­ciais em curso, a ver­dade pre­va­le­cerá e todos aqueles que ti­verem res­pon­sa­bi­li­dade nos crimes co­me­tidos serão pu­nidos na forma da lei.”

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