Em seu discurso, o governador tucano pediu que o chefe do Executivo Municipal considerasse homenagear Ramis Bucair, dando o nome dele ao trecho da Rodovia Emanuel Pinheiro, que vai do Atacadão até a Fundação Bradesco, que passaria a se chamar avenida Ramis Bucair.
“Tenho um pedido a fazer, já conversamos muito sobre isso, vossa excelência é sempre irredutível. Gostaria de fazer uma homenagem também a Ramis Bucair, que foi outro grande mato-grossense. Não vamos retirar o nome do seu pai, apenas acrescentar. O pedido está feito, mas reconhecemos que Emanuel tem dificuldade nisso, por isso vamos colocar dois nomes nessa rodovia”, argumentou Taques.
De imediato, Pinheiro reagiu negativamente ao pedido, afirmando que encontrará outra forma de homenagear Bucair. “Pedido negado. Vamos encontrar uma alternativa”, rebateu o prefeito.
O emedebista ainda foi além e disse que, se Taques insistir neste tema irá batizar o novo cemitério de Cuiabá, que deverá construído no bairro CPA, com o nome do governador.
“Não vai mudar nada. Isso é loucura do Pedro. Não tem o que fazer. Tanto bairro para colocar nome, vai mudar rodovia Emanuel Pinheiro, a mais tradicional do Estado? Vem o governador com essa falta do que fazer. Em hipótese alguma será alterada. Se acontecer isso, estou pensando em inaugurar o cemitério, que terá o primeiro crematório de Cuiabá, no CPA”, ironizou o prefeito.
A troca de farpas entre os gestores, entretanto, se deu desde o início do evento, quando em seu discurso o governador fez referência ao esquema de pagamento de propina aos deputados estaduais durante a gestão do ex-governador Silval Barbosa.
“Bom dia a todos, quero cumprimentá-los nesse frio polar de Cuiabá. Um frio em que todos saíram de casa com paletó, como diz o povo de Cuiabá”, cutucou Taques, deixando o prefeito completamente sem graça.
Pinheiro é um dos parlamentares que teria recebido dinheiro para fazer vista grossa a gestão de Silval. Ele foi filmado recebendo maços de dinheiro das mãos de Silvio Cesar Correa, ex-chefe de gabinete de Silval. Na gravação, o emedebista guarda o dinheiro em seu paletó.