KAMILA ARRUDA
Diário de Cuiabá
A eleição de outubro deste ano, associada a possibilidade de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a suposta participação do governador Pedro Taques (PSDB), no esquema de arapongagem no âmbito da Polícia Militar de Mato Grosso, está fazendo com que os deputados estaduais se organizem para a criação de um novo bloco na Assembleia Legislativa.
A medida está sendo articulada pelo deputado estadual Dilmar Dal’Bosco (DEM), e visa dar transparência ao posicionamento de cada parlamentar na Casa de Leis, tendo em vista que no último domingo (05), as agremiações partidárias já definiram suas coligações para o pleito deste ano.
Diante disso, a base governista que conta atualmente com 15 parlamentares, deve perder 8 de seus membros. Isto porque, a coligação encabeçada pelo ex-prefeito e Cuiabá Mauro Mendes (DEM), que disputará o Governo do Estado em outubro, conta com 13 parlamentares, uma vez que tem o apoio do DEM, PDT, PSD e MDB.
Já o grupo encabeçado pelo senador Wellington Fagundes (PR) como postulante ao comando do Palácio Paiaguás possuiu 4 representantes na Casa de Leis, filiados ao PT, PV e PSC.
Com isso, Taques permanece apenas com o PSDB, SD e PSB, que possuem 7 parlamentares ao todo.
Este cenário, entretanto, não influencia na formação deste novo bloco. O deputado Gilmar Fabris (PSD), por exemplo, deve permanecer na base governista apesar de seu partido fazer parte do arco de alianças de Mendes.
Além dele, a situação conta com os deputados Adalto de Freitas (Patrionta), Guilherme Maluf (PSDB), Wilson Santos (PSDB), Max Russi (PSB), Leonardo Albuquerque (SD), Baiano Filho (PSDB) e Saturnino Massom (PSDB).
Em contrapartida, os deputados Dilmar Dal’Bosco (DEM), Wagner Ramos (PSD), Eduardo Botelho (DEM), Sebastião Rezende (PSC), Wancley Carvalho (PV), Nininho (PSD) e Pedro Satélite (PSD) já assinaram o requerimento que prevê a criação do novo bloco.
Destes, todos possuem partidos que fazem parte da coligação que possui o ex-prefeito como candidato ao Governo do Estado, com exceção de Wancley que está no grupo que defende a candidatura de Fagundes.
Já o bloco independente deve permanecer com quatro parlamentares, Romoaldo Junior (MDB), Silvano Amaral (MDB), José Domingos Fraga (PSD) e Oscar Bezerra (PV). Outro que não deve sofrer alteração é o bloco oposicionista que conta com os deputados Zeca Viana (PDT), Janaína Riva (MDB), Alla Kardec (PDT) e Valdir Barranco (PT).
A formação deste novo bloco pode influenciar na criação da CPI dos Grampos. Há na Assembleia Legislativa dois requerimentos pedindo a instauração de um procedimento investigatório sobre este tema, um de autoria de Wilson Santos e outra de Janaína Riva.
O parlamentar tucano afirma que o seu pedido já possui oito assinaturas, sendo elas dos deputados Guilherme Maluf (PSDB), Adalto de Freitas (Patriota), Oscar Bezerra (PSB), Ademir Brunetto (PSB), Drº Leonardo (SD), Wancley Carvalho (PV) e Sartunino Masson (PSDB). Isto porque, retiraram a assinatura os deputados Sebastião Reende (PSC), Valdir Barranco (PT) e Pedro Satelite (PSD).
Já Janaína possui dez assinaturas. Além dela, assinaram o requerimento de sua autoria os deputados estaduais Romoaldo Junior (MDB), Wagner Ramos (PSD), Ademir Brunetto (PSB), Zeca Viana (PDT), José Domimgos Fraga (PSD), Dilmar Dal Bosco (DEM), Valdir Barranco (PT), Allan Kardec (PDT) e Sebastião Rezende (PSC).
Acontece que, independente de qual requerimento for validado pela Mesa Diretora, a CPI só poderá ser criada após o encerramento de uma das três que encontram-se em andamento no Parlamento Estadual.
Isto porque, conforme o Regimento Interno, a Casa de Leis só pode ter três Comissões Parlamentares simultaneamente. Para que uma quarta seja instaurada, o requerimento de abertura deve conter o apoio de 2/3 dos deputados, ou seja, 16 assinaturas.
A última recomposição de blocos no Legislativo Estadual ocorreu em janeiro deste ano também em meio a discussão sobre a criação de uma CPI. Trata-se da CPI dos Fundos, instaurada para apurar suposto desvio de finalidade dos recursos de Fundos do Governo.
Na oportunidade, ficou fixado três blocos na Casa de Leis, o Integração, composto por deputados da base governista e liderado pelo deputado Dilmar Dal Bosco (DEM); o Independente, liderado por Oscar Bezerra e o Bloco Assembleia Livre, que possuiu como integrantes os parlamentares da oposição sob a liderança da deputada Janaína Riva (MDB).
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