PSDB “ameaça” representar vereador de Cuiabá por expulsar parlamentar tucano da CPI da Saúde

vereador de Cuiabá, Abílio Júnior (PSC)

O Diretório do PSDB de Cuiabá “ameaça” ingressar com representação contra o vereador da Capital, Abílio Júnior (PSC), por ter “expulsado” o colega de parlamento, vereador Adevair Cabral (PSDB) da audiência da CPI da Saúde, ocorrida nessa quarta-feira (15.08) na Câmara de Cuiabá.

Na sessão desta quinta-feira (16.08), Adevair Cabral contou que na quarta (15), ao participar da audiência da CPI, com interesse de “ajudar” nas investigações, por ele não fazer parte da Comissão responsável pela apuração de irregularidades no setor da Saúde Pública, acabou sendo “expulso” sem nenhuma explicação.

“Eu saí da minha casa com intenção de fazer minha contribuição na CPI e cheguei aqui e fui expulso pelo presidente, o vereador Abílio Júnior. Fui expulso do meu local de trabalho. Eu acredito que cada dia mais o vereador Abílio se mostra despreparado. Eu, para não tumultuar ainda mais a CPI, resolvi deixar o local. Não fiz absolutamente nada para ser desrespeitado desta forma”, contou Cabral.

Apesar disso, Adevair afirmou que não iria representar o colega por quebra de decoro. Porém, o vereador Ricardo Saad (PSDB) afirmou que o Diretório do PSDB de Cuiabá estuda representar Abílio Júnior por quebra de decoro parlamentar.

Em sua defesa, Abílio Júnior pediu desculpas pelo ocorrido, mas alegou que “expulsou” Adevair por ele ter chegado na reunião da CPI da Saúde e ficou o tempo todo “cochichando” com membros da Comissão, atrapalhando os trabalhos da CPI.

“Ele estava cochichando, atrapalhando os trabalhos. Mas, quero pedir desculpa ao vereador Adevair Cabral”, disse o parlamentar.

Vale lembrar que a CPI da Saúde tem três eixos de investigação. São eles: falta de medicamentos nas unidades municipais de saúde e eventual crise provocada para viabilizar a realização de contratações emergenciais; gestão temerária e possível ingerência política na gestão da Secretaria Municipal de Saúde e; descumprimento da lei e acordo judicial sobre a remuneração dos profissionais de enfermagem contratados sem vínculo efetivo.