PREÇO POR CORRUPÇÃO DEM confirma desgaste em registrar candidatura de Savi

Júlio Campos pondera que Mauro Savi tem requisitos legais para ser candidato a reeleição
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O secretário-geral do Democratas, ex-governador Júlio Campos (DEM), admitiu que será um desgaste grande caso o partido decida homologar a pré-candidatura do deputado estadual Mauro Savi (DEM). O parlamentar está preso desde o dia 9 de maio no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC), acusado de desvio de recursos públicos.
Campos colocou que ainda não há “questão fechada” sobre o tema. Segundo ele, a decisão ocorrerá somente na convenção do partido, marcada para o próximo sábado (4). “Está na pauta da convenção, essa pretensão do atual deputado Mauro Savi em ter a oportunidade de reeleger-se, mesmo respondendo ao inquérito. Mas é pesaroso e até certo ponto desgastante para o partido assumir esse ônus, de assumir uma candidatura de uma pessoa que está respondendo a um inquérito por corrupção e preso no CCC”, disse.
O ex-governador, porém, lembrou que Savi tem os requisitos legais para ser candidato nas eleições deste ano. O deputado não possui nenhuma condenação por órgão colegiado, ou seja, não enquadra-se na Lei da Ficha Limpa. “Legalmente, não há nenhum impedimento dele ser candidato, porque ainda não está processado como ficha-suja. Agora é um assunto que só a executiva do partido, que é composta por 7 cidadãos, com auxílio da assessoria jurídica do partido, que vai estudar qual a posição que o partido vai adotar com relação ao pedido de registro da candidatura do deputado Mauro Savi”, falou o secretário do DEM, que lembrou que outros pré-candidatos também possuem respondem a processos na Justiça, embora não estejam presos.
Recentemente, o DEM registrou uma declaração em cartório confirmando a pré-candidatura de Mauro Savi. O documento foi utilizado pela defesa do parlamentar no pedido de extensão do habeas corpus concedido ao empresário José Kobori no Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão caberá a ministra Rosa Weber.
Mauro Savi está preso acusado de liderar um esquema de desvio de recursos no Detran de Mato Grosso. Segundo o MPE, foram desviados cerca de R$ 30 milhões entre os anos de 2009 e 2016.
Além dele, estão presos o ex-secretário da Casa Civil, Paulo Taques, o advogado Pedro Jorge Taques, e os empresários Roque Anildo Reinheimer e Claudemir Pereira dos Santos.

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