POLÍCIA / VÍTIMA DO DR. BUMBUM IML confirma que bancária de MT morreu de embolia pulmonar

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Os investigadores já sabem o que provocou a morte de uma paciente de Denis Furtado, o Doutor Bumbum.
Era o que faltava para a polícia concluir as investigações sobre a morte da bancária Lilian Calixto. No laudo do Instituto Médico Legal consta que ela morreu de embolia pulmonar, quando o fluxo sanguíneo no pulmão é interrompido. O perito usou o termo “embolia em chuveiro”, porque havia micropartículas espalhadas pelo pulmão.
Lilian passou por um preenchimento nos glúteos com o médico Denis Furtado, o ‘Doutor Bumbum’, e morreu poucas horas depois, no hospital. O médico está preso. Ele disse à polícia que aplicou cerca de 300ml de PMMA, um derivado do acrílico. O produto tem uso permitido pela Anvisa, mas apenas em pequenas quantidades.
Os médicos dizem que, em áreas muito vascularizadas, como os glúteos, há risco de o produto atingir vasos maiores, e provocar uma embolia pulmonar.
O laudo da inspeção feita na cobertura de Denis Furtado, na Barra da Tijuca, onde Lilian foi atendida, também foi concluído. Os peritos dizem que os vestígios encontrados no apartamento indicam que o local era usado para procedimentos médicos.
Denis Furtado, a mãe dele, Maria de Fátima Furtado, e a namorada do médico, Renata Cirne, estão presos temporariamente, acusados de homicídio qualificado e associação criminosa.
Agora, a delegada vai pedir a prisão preventiva do Dr. Bumbum e dos outros indiciados, para que todos permaneçam na cadeia aguardando a decisão da Justiça. De acordo com as investigações, não há dúvidas da participação deles na morte da bancária Lilian Calixto.
“Nós não temos dúvidas em afirmar que Lilian morreu em decorrência daquele procedimento feito em um local completamente inadequado”, afirma a delegada Adriana Belém.
O caso do médico desencadeou várias denúncias. Nesta quarta-feira (1º), a massoterapeuta Patrícia Silva dos Santos, a Paty Bumbum, foi novamente à delegacia. Ela é suspeita de aplicar silicone industrial em clientes, e mais uma vez se manteve em silêncio.
O advogado de outra suspeita, Valéria dos Santos Reis, também apareceu. Ele negou que Valéria tenha feito um preenchimento na modelo Mayara da Silva dos Santos, que morreu no fim de julho: “Ela não aplicou nada e não fez nada na Mayara. Inclusive, temos provas irrefutáveis disso”, disse o advogado Manoel Azevedo.
Mesmo diante de tantas denúncias e vítimas, a polícia continua fazendo apreensões. Mais de 300 caixas de PMMA estavam num salão de beleza que funcionava sem licença, na Baixada Fluminense. No local, os investigadores também encontraram medicamentos vencidos, alguns desviados de hospital, e uma máquina, que segundo a polícia, era usada para aspirar gordura.
A dona de tudo isso é uma auxiliar de enfermagem. Fernanda Silva de Almeida foi presa em flagrante. "Sim, ela aplicava metacril nas pacientes dela. Ela foi clara, dizendo que aplicava. Fazia isso há muito tempo, inclusive ela já tem várias anotações por exercício irregular da medicina”, afirma a delegada Daniela Terra.

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