Cotado para ser vice na chapa em que Pedro Taques (PSDB) tentará a reeleição, o ex-governador Rogério Salles (PSDB) avaliou que a dificuldade do tucano em encontrar um companheiro de chapa é fruto da forma como ele “tocou” o Governo ao longo dos últimos três anos. Segundo Salles, Taques optou por não abrir espaço para a classe política durante boa parte da gestão.
Para ele, isso foi fundamental para que diversos partidos que apoiaram a eleição de Taques em 2014, criassem um bloco alternativo no pleito deste ano. “O Pedro optou por fazer um governo não fazendo muita política e agora na hora de definir a coligação isso pesa. É o preço que se paga pela opção de não fazer um governo político”, explicou o ex-governador, durante a convenção do PSDB.
O ex-governador, que não disputa nenhum cargo nas eleições deste ano, acredita que, apesar de não estar numa coligação ampla, a gestão de Taques pode ser bem avaliada pela população. “Mas mudanças na forma de fazer política tem um preço. O Pedro optou por pagar esse preço e vamos ver o resultado. Espero que essa opção que ele fez dê bons resultados, e consiga a reeleição”
Salles, porém, não deixou de alfinetar os ex-aliados do PSDB, que hoje apoiam a candidatura do ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (DEM). Segundo ele, muitos usufruíram das benesses da gestão antes de tomarem um caminho diferente nas eleições deste ano. “É uma dissidência do governo, que está lá. É o pessoal que mais desfrutou do governo e hoje está na chapa alternativa”.
Fora da disputa, o ex-governador disse que irá apenas apoiar o projeto do PSDB, que lançou, além de Taques ao Governo, o nome do deputado federal Nilson Leitão ao Senado. Ele, porém, descartou atuar como coordenador da campanha dos tucanos na região Sul do Estado, onde possui base eleitoral. “Tenho alguns projetos pessoais. Vou estar apoiando, mas não coordenando”.
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