
O presidente da Assembleia Legislativo, deputado estadual, Eduardo Botelho (DEM) confirmou que a operação “Déjá Vu”, deflagrada nesta quinta-feira (2) por Agentes do Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco) e do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) é para buscar documentos que subsidiam uma investigação sobre fraudes em notas fiscais para verba de suprimentos de fundos e verba indenizatória (VI).
O democrata alegou que todos os setores da Assembleia foram colocados a disposição para os agentes recolherem documentos. Segundo ele, a expedição de mandados teria sido desnecessária. “Pode vim que está liberado. Aqui não tem nada que tem que esta sendo escondido. Uma nota fria, essa nota não existe aqui dentro, eles tem dúvidas, podem vir aqui ver. O interesse da Assembleia e o Ministério Público são os mesmos resguardar o patrimônio público”, declarou.
O presidente do legislativo explicou que não tem detalhes do caso, já que a investigação corre em segredo de Justiça. “Segundo a informação que eu tenho, é que existe um depoimento de uma pessoa, que disse que forneceu uma nota fria, que ele fez no computador e entregou para prestação de contas. Eles (Gaeco) pediram solicitação e nós informamos que essa nota não existe”, disse o parlamentar.
Questionado sobre qual deputado seria citado nesta investigação, ele comentou que existem vários nomes. Ele citou que as investigações são referente ao período de 2012 a 2015.
O parlamentar enxerga a operação com naturalidade, apesar de reconhecer que pode causar danos a imagem do poder legislativo. “Estamos vendo o momento com muita naturalidade. O pais vive um momento de muitas buscas, muitas dúvidas, então isso é natural”.
Ele reafirmou que a Assembleia tem fornecido toda movimentação financeira aos órgãos de controle e colocou o poder a disposição das autoridades. “Se tem dúvida que venha, que busque. Inclusive, vai um compromisso meu com Ministério Público que não precisa mandado. A hora que eles quiserem chegar aqui, a Casa esta livre. Não posso me responsabilizar pelos gabinetes, mas o administrativo desta casa está aberto para eles”, revela.
OPERAÇÃO “DÉJÁ VU”
Segundo o Gaeco, são investigados na “Operação Déjá Vu” deputados estaduais, empresários e servidores do legislativo. A decisão para busca e apreensão na AL foi expedida pelo desembargador João Ferreira Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
O Gaeco esteve em vários departamentos administrativos da Casa recolhendo documentos. Entre eles, estão o Instituto Memória e o Setor Financeiro do legislativo.