
O deputado federal e presidente estadual do Democratas, Fábio Garcia, comentou na manhã desta quinta-feira (2), na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), que a executiva estadual do partido irá deliberar em breve sobre o pedido feito pelo deputado estadual Mauro Savi (DEM) para ser candidato à reeleição nas eleições deste ano. Ele também destacou que a ida do parlamentar para o pleito não é garantida.
Mauro Savi foi preso no dia 9 de maio, após a deflagração da Operação Bônus, segunda fase da Operação Bereré. O deputado é apontado como um dos líderes de um esquema de corrupção no Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT) que teria desviado cerca de R$ 30 milhões dos cofres públicos.
“Recebemos uma formalização de que ele pretende colocar o nome como pré-candidato pelo Democratas. Esta é uma deliberação que cabe a executiva do partido, que se reunirá para deliberar quais candidatos irão compor a lista que será submetida a convenção”, disse Fábio.
De acordo com o deputado federal, o Democratas não garante que Savi será candidato à reeleição no pleito deste ano. Ao ser questionado sobre a possibilidade da imagem do partido ficar arranhada, caso um parlamentar preso venha a concorrer às eleições, Fábio Garcia preferiu não comentar, enquanto a situação não for definida oficialmente.
“Não há nenhuma garantia de candidatura ao deputado estadual Mauro Savi. Não vamos falar sobre hipótese. Só após a reunião da executiva vamos analisar todos os parâmetros desta questão. Vamos nos reunir entre hoje e sexta-feira para decidir isso, já que nossa convenção é no sábado pela manhã. Até amanhã o Democratas definirá esta questão”, disse.
No último dia 31, Garcia, na condição de presidente do DEM, registrou um documento em cartório confirmando a pré-candidatura de Mauro Savi. A declaração foi feita a pedido da defesa do deputado estadual e será usada para pedir a liberdade do parlamentar junto ao Supremo Tribunal Federal (STF).
A alegação é de que, como ainda não foi condenado, o parlamentar não deverá encontrar problemas para registrar sua candidatura junto ao Tribunal Regional Eleitoral.
Diante disso, será solicitada a soltura do deputado para que possa fazer campanha em equilíbrio eleitoral com os demais postulantes a uma vaga na Assembleia Legislativa.
Além dele, estão presos por conta das fraudes o ex-secretário da Casa Civil, Paulo Taques, o advogado Pedro Jorge Taques, além dos empresários Roque Anildo Reinheimer e Claudemir Pereira dos Santos, o “Grilo”.