Megaoperação da polícia de MT irá cumprir mandado de prisão em Campo Grande

A investigação iniciada há mais de 15 meses busca apreender patrimônio e descapitalizar uma facção criminosa

A Polícia Civil de Mato grosso deflagrou na manhã desta quarta-feira (8) a megaoperação ‘Red Money’.  Entre as 233 ordens judicias que estão sendo cumpridas, alguns mandados têm alvos fora do estado de Mato Grosso. Um dos suspeitos investigados pela operação, que ainda não teve o nome divulgado, está solto em Campo Grande.
A investigação iniciada há mais de 15 meses busca apreender patrimônio e descapitalizar uma facção criminosa , cujas lideranças estão no maior presídio de Mato Grosso, a Penitenciária Central do Estado (PCE).
Das 94 prisões, 30 são internos de presídios (29 no MT e um no Pará). Do lado de fora são procurados 51 suspeitos na região metropolitana e 11 no interior do MT (Rondonópolis, Sinop, Nova Olímpia, Sorriso, Peixoto de Azevedo, Guarantã do Norte e Poconé).Outros dois alvos terão os mandados cumpridos fora de Mato Grosso. São dois suspeitos no Estado do Pará (um preso no Presídio de Tucuruí e um solto na cidade de Jacundá) e um em Campo Grande.
Segundo a apuração, a organização desenvolveu internamente um sistema de arrecadação financeira próprio, criando assim um grande esquema de movimentação financeira e lavagem de dinheiro, com utilização de empresas de fachadas, contas bancárias de terceiros, parentes de presos, entre outros.
Estão sendo cumpridos 94 mandados de prisão preventiva contra membros de facção criminosa. 59 mandados de busca e apreensão domiciliar, 80 ordens judiciais de bloqueios de contas correntes, além de sequestro de bens (veículos, joias, imóveis) e valores. Ao todo são 233 ordens judiciais decretadas para operação.
” Esses presos, ainda recolhidos no Sistema Penitenciário, voltam a delinquir e comandam diversos crimes do lado de fora. é extremamente importante atuar de forma a combater essa lavagem de dinheiro”, disse o delegado geral da Polícia Civil, Fernando Vasco.
Pirâmide financeira
O sistema de arrecadação financeira da facção investigada na operação “Red Money” assume formato de pirâmide. No topo está o núcleo de liderança e na base dezenas de contas bancárias, com movimentação menor, que fazem a captação de dinheiro, e, gradativamente, repassam às contas maiores.

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