A Gazeta

Na disputa pela principal cadeira do Palácio Paiaguás, Mauro Mendes (DEM) é o segundo candidato ao cargo de governador mais rico do país. O patrimônio declarado pelo democrata à Justiça Eleitoral, R$ 113 milhões, só é menor do que o declarado pelo ex-prefeito de São Paulo, hoje candidato ao governo daquele Estado, João Doria (PSDB), que afirmou possuir uma soma de bens avaliados em R$ 189,8 milhões.
Já seu candidato a vice, o ex-prefeito de Lucas do Rio Verde, Otaviano Pivetta (PDT), ocupa lugar ainda mais alto no ranking: é a segunda pessoa mais rica na disputa por um cargo eletivo neste ano.
Com patrimônio declarado em 379 milhões, o pedetista perde apenas para o candidato à Presidência da República, João Amoêdo (Novo), cujos bens chegam a marca de R$ 425 milhões. O terceiro colocado também disputa vaga de presidente. Trata-se do ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (MDB), que declarou R$ 377,4 milhões em bens.
Apesar de ser o segundo candidato ao governo mais rico do Brasil, Mauro Mendes enfrenta dificuldades com suas empresas. Entrou com pedido de recuperação judicial, em 2015, e teve o plano aprovado no ano seguinte. A previsão é que todas as dívidas levem cerca de 10 anos para serem quitadas.
A situação foi o argumento usado por ele para justificar a demora na decisão de ser ou não candidato ao governo. No início de 2018, o democrata, então afastado da política há cerca de um ano, afirmava que os negócios iam bem melhor do que na época em que era prefeito de Cuiabá.
Agora, Mendes usa sua “fama” de bom administrador como elemento para campanha. Seu alvo tem sido a crise financeira que Mato Grosso enfrenta e as medidas adotadas pelo governador Pedro Taques (PSDB), que tenta a reeleição. A fase ruim pela qual as empresas do democrata passaram, no entanto, também têm servido de “munição” para a campanha do tucano.
Os mais ricos – O levantamento feito pela reportagem de A Gazeta mostrou que, no país, os candidatos mais ricos estão, assim como Mauro Mendes, disputando o cargo de governador. Em terceiro lugar está o candidato ao governo do Distrito Federal, Ibaneis Júnior (MDB), com um patrimônio que ultrapassa os R$ 94 milhões. Em quarto, o candidato ao governo do Rio de Janeiro, Marcelo Trindade (Novo), com R$ 82,9 milhões.
A lista segue com os candidatos aos governo de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), com 69,7 milhões; Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), com R$ 38,6 milhões; também em Minas, Márcio Lacerda, com R$ 34,4 milhões; Rio Grande do Sul, Mateus Bandeira (Novo), com R$ 25 milhões; São Paulo, Paulo Skaff (MDB), com 23,8 milhões; e, na décima posição, o ex-presidente Fernando Collor, que neste ano disputa o governo de Alagoas, com R$ 20 milhões em bens declarados.
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