Botelho afirma que buscas do Gaeco são referentes a notas frias e verba indenizatória


/ MAURICIO BARBANT / ALMT
O deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (DEM), disse que a Operação Déjà Vu, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), na manhã desta quinta-feira (02), apura suspeitas de uso de notas fiscais “frias” para subsidiar pagamentos de verba indenizatória e verbas de suprimentos a deputados.

Agentes fizeram buscas na Assembleia e apreenderam vários documentos para serem analisado.

Segundo o presidente do Legislativo, a diretoria já havia sido notificada sobre a investigação, que corre em sigilo.

Botelho afirmou que chegou a responder a notificação do Gaeco, mas segundo ele, não tenham sido convincentes.

“Segundo informação que tenho, existe um depoimento de uma pessoa dizendo que forneceu nota fria e entregou para prestação de contas. Eles [promotores do Gaeco] pediram uma solicitação e nós informamos que essa nota não existe. Aí, há uma dúvida que não estamos querendo entregar [a nota] e então eles vieram aqui buscar”, disse Botelho, em coletiva à imprensa.

Ele afirmou também que entre as buscas realizadas pelo Gaeco estão documentos relativos ao prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB), ao ex-deputado Walter Rabelo (já falecido) e aos deputados Zeca Viana (PDT), Wancley Carvalho (PV), o próprio presidente, “entre outros”, os quais ele não citou nomes.

“São várias coisas ligadas ao ex-deputado Walter Rabelo, deputado Zeca, Wancley, Emanuel Pinheiro, Botelho, vários deputados. Tudo ligado a suprimento de fundos e verba indenizatória”, disse o presidente.

Ainda conforme ele, as informações buscadas nas investigações referem-se aos anos de 2012, 2013, 2014 e 2015.

Apesar da investigação, Botelho afirmou que não há qualquer constrangimento por conta da operação.

“Estamos vendo isso com muita naturalidade. Os interesses da Assembleia e do MPE são os mesmos: resguardar o patrimônio público. Podem vir aqui a qualquer momento. E não tem constrangimento, não. Constrangimento é pra quem está escondendo alguma coisa. Não estamos escondendo nada. Eles estão fazendo o papel deles. Aqui é a casa do povo”, disse.

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