O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que irá investigar o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB), vereador Adevair Cabral (PSDB) disse nesta terça-feira (21.11) que os vereadores da Capital podem ser chamados de “incompetentes” caso decidam mais uma vez acionar a justiça para resolver problemas “internos” da Casa de Leis.
A declaração do parlamentar ocorreu após a oposição ao prefeito Emanuel Pinheiro informar que irá acionar a justiça para que seja alterada a composição da CPI que irá investigar o peemedebista flagrado em um vídeo recebendo e guardando no paletó, dinheiro de suposta propina paga pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB).
A Comissão ficou formada por dois vereadores da base de Pinheiro, sendo eles Adevair Cabral e Mário Nadaf (PV) – função de membro. Já o autor do requerimento da CPI, vereador Marcelo Bussiki (PSB), que é da oposição, ficou como presidente da Comissão.
Adevair teceu pesadas críticas aos vereadores da oposição, e disparou que os colegas de parlamento “precisam entender que questões internas da Câmara”, tem que serem revolvidas pelos próprios vereadores, e não trazer o Ministério Público e a justiça para “dentro do parlamento”.
“Nós não precisamos disso aqui. Vamos discutir entre nós vereadores. Hoje qualquer coisa que acontece aqui, se fala vou procurar o Ministério Público, a justiça. Temos que resolver os problemas da Casa de Leis internamente. Como eles (MP e a justiça) tem muito o que fazer, vamos resolver o nosso problema aqui. Se formos em outros poderes para resolvermos os problemas da Casa de Leis, vamos estar dizendo que somos incompetentes para solucioná-los. O que acontece e que tem pessoas que pega o microfone fica louco para falar, e diz eu vou procurar a justiça. Não precisamos disso”, declarou o vereador tucano.
Os vereadores Abílio Junior (PSC), Toninho de Souza (PSD) e Elizeu Nascimento (PSDC), utilizaram a tribuna da Câmara para lamentar a fala de Adevair Cabral, e limitaram-se a dizer que é “direito adquirido” a qualquer cidadão procurar a justiça para tentar buscar seus direitos quando ele se sentir lesado.
Vale lembrar que composição da chamada “CPI do Paletó” foi composta no último dia 16 deste mês, tendo assim prazo de 120 dias para concluir os trabalhos, sendo que o prazo pode ser prorrogado por igual período.