É recalque, diz Leonardo ao ser chamado de mesquinho e invejoso por Pedro Henry

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Condenado no Mensalão, Henry criticou o antigo aliado Leonardo Albuquerque, pré-candidato a deputado federal
O médico Pedro Henry, que representou Cáceres na Câmara dos Deputados até ser preso por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em 2013 pela condenação na ação penal do Mensalão, fez duras críticas ao deputado estadual Leonardo Albuquerque (Solidariedade), no que diz respeito à sua atuação na área da saúde. Classificou o ex-aliado como pessoa mesquinha e invejosa.
Leonardo ingressou na política em 2012, quando concorreu à Prefeitura de Cáceres pelo PSD e foi derrotado por Francis Maris (PSDB), que hoje exerce o segundo mandato. Em 2014 se elegeu deputado estadual pelo PSD e neste ano migrou para o Solidariedade para concorrer a deputado federal.
Em 2015, Leonardo presidiu a CPI das OSS, criada para apurar desmandos na saúde pública, que teve Henry como um dos alvos. O ex-parlamentar, que foi secretário estadual de Saúde na Gestão Silval Barbosa (ex-MDB, hoje sem partido) chegou a prestar depoimento.
A lista de irregularidades identificadas pela CPI das OSS é extensa. As principais são tráfico de influência, improbidade administrativa, peculato, condescendência criminosa, prevaricação, superfaturamento na aquisição de materiais e contratação de serviços, além de emissão de notas frias. Os fatos geraram denúncias ao Ministério Público Estadual (MPE), que acionou na Justiça diversas pessoas, incluindo Henry.
Leonardo apoia o projeto de reeleição do governador Pedro Taques (PSDB). Médico, exerce o mandato na Assembleia voltado para questões relacionadas pela saúde, mas está sendo acusado por Henry de se distanciar da valorização do setor em nome de interesses pessoais.
“Sempre tive o Leonardo como amigo e defensor da Saúde. Colaborou em diversas campanhas minhas. Entretanto, ao chegar ao mandato de deputado estadual por Cáceres, mostrou-se como uma pessoa mesquinha e invejosa, impondo um modelo político que se distanciou da valorização dos serviços de saúde e fortaleceu os interesses pessoais dele”, assinalou Henry em grupo do aplicativo de mensagens instantâneas Whatts App.
Segundo Henry, a atuação de Leonardo promoveu a regressão dos avanços obtidos por Cáceres na área da saúde. Afirma que o parlamentar prefere fazer política junto aos agentes de saúde ao invés de valorizar os profissionais do setor.
“Isso é o retrato de uma política de saúde personalista e coronelesca. Ao invés de valorar o profissionalismo na saúde e ganhar politicamente com isso, ele prefere encabrestar os agentes de saúde e afastar-se da resolutividade e eficiência na prestação de saúde. Atitudes assim enfraquecem o sistema prestacional de saúde e impedem o seu avanço, pois privilegiam o compadresco ao invés da qualidade”, completou Henry, que enquanto estava na vida pública dirigiu o PP e conseguiu eleger o deputado federal Ezequiel Fonseca (PP) como sucessor.
Henry ainda afirma que a oncologia, implantada em Cáceres com muita dificuldade, foi desmantelada por capricho de Leonardo. Além disso, o acusou de fazer política egoísta e defendeu que a população cacerense não vote em Leonardo para deputado federal.
“Veja o que aconteceu com a Oncologia, parida a ferros por nós, contra uma política centralizadora de Cuiabá e contra os critérios do Ministério da Saúde. Foi desmantelada e hoje não satisfaz as necessidades regionais, por mero capricho da sua Excelência”

Henry está sendo processado pelo MPE por conta dos apontamentos. Talvez seja recalque dele

Leonardo Albuquerque
"Enquanto isso, a sociedade regional peregrina nas unidades cuiabanas sem obter o justo e merecido tratamento. Esse é o resultado de uma política egoísta implantada pelo Dr. que já foi um dedicado médico cacerense", concluiu o ex-parlamentar.
Outro Lado
Ao , Leonardo ponderou que Henry fez uma extensa carreira política com erros e acertos e ainda está pagando pelo o que fez de errado. Mesmo assim, ressalta que o ex-parlamentar tem direito a expressar opiniões.
“O que ele fala não condiz com a realidade, mas não é isso que vai pautar minha pré-campanha. Sigo firme buscando representar Cáceres no Congresso Nacional. O Pedro Henry foi alvo da CPI que presidi na Assembleia e está sendo processado pelo MPE por conta dos apontamentos. Talvez seja recalque dele”, declarou.
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