Bezerra aceita abrir mão de vaga na chapa de Wellington para ampliar siglas aliadas

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 Embora o presidente do MDB em Mato Grosso, deputado federal Carlos Bezerra, continue dizendo publicamente que não abre mão do espaço na chapa majoritária que será liderada pelo senador Wellington Fagundes (PR) na disputa pelo governo, nos bastidores já admite a possibilidade de recuar. O possível recuo de indicar o vice ou um dos pré-candidatos ao Senado tem como objetivo garantir a ampliação da aliança.
Por enquanto, o assunto foi tratado informalmente. A discussão nas instâncias partidárias deve acontecer ainda nesta semana, quando Bezerra retornar de São Paulo, onde foi buscar uma terceira opinião médica sobre os problemas de saúde que o obrigaram a se hospitalizar duas vezes neste ano.
Bezerra tem argumentado para os correligionários que o objetivo principal da pré-candidatura de Wellington é vencer as eleições, impedindo que o governador Pedro Taques (PSDB) conquiste o segundo mandato. Justamente por isso, o dirigente sinaliza ceder vaga na chapa majoritária para atrair aliados.
O MDB indicou o ex-prefeito de Sinop Juarez Costa para vice de Wellington, mas o emedebista resiste. Seu objetivo é concorrer a deputado federal, já que considera a vitória eleitoral como garantida.  
Além do PR e MDB, a aliança que sustenta Wellington conta com outros quatro partidos. São eles PTB, PP, PSD e PCdoB.
Um dos partidos que está no radar de Wellington para fortalecer a aliança é o PT. Enquanto a base partidária quer lançar a professora da Unemat Edna Sampaio ao Palácio Paiaguás, os dirigentes admitem apoiar o republicano na disputa.
Além do PT, o grupo pró-Wellington tenta atrair o PV e o PDT do pré-candidato a governador Otaviano Pivetta. Mesmo próximo a Mauro Mendes, que se articula para concorrer pelo DEM, o pedetista mantém diálogo constante com o republicano e seus apoiadores.
Gilberto Leite
Carlos Bezerra e Wellington Fagundes
Nos bastidores, Carlos Bezerra pensa em abrir mão de espaço na majoritária, para fortalecer chances de Wellington Fagundes na disputa ao governo de MT
Possível Baixa
O PSD abriu diálogo com Mauro e está prestes anunciar apoio ao democrata, deixando a aliança liderada por Wellington. O estopim da crise foi uma declaração do prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB) afirmando que apoiará Jayme Campos (DEM) ao Senado.
Ocorre que o ex-vice-governador Carlos Fávaro (PSD) é o principal pré-candidato ao Senado pelo grupo pró-Wellington, que ainda tem a ex-reitora da UFMT Maria Lúcia Cavalli Neder (PCdoB) e a empresária Margareth Buzetti (PP) almejando um das vagas. Por isso, a declaração de Emanuel desagradou o PSD, que não descarta se abrigar em outra aliança política.

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