Após ter perdido a escolta que era oferecida pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), a juíza aposentada e pré-candidata ao Senado Selma Arruda afirmou que mais do que a decisão em si, da qual ela já afirmou que irá recorrer, o que a deixou mais descontente foi o fato do caso ter se tornado público, sendo que o processo tramitava em sigilo.
Otmar de Oliveira Juíza Selma Arruda |
“O que me espanta mais e o que me deixou mais triste com essa história não foi nem o fato de terem tirado o direito à segurança, foi que era um processo sigiloso e a retirada da segurança tornou-se pública, ou seja, todo mundo sabe que agora eu estou sem segurança”, disse em entrevista à Rádio Capital FM, nesta terça-feira (22).
Segundo a magistrada, agora que a decisão foi divulgada, ela está muito mais vulnerável do que já era, citando que consta na lista dos 40 juízes mais ameaçados do Brasil, conforme dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). “Qualquer bandido, qualquer ladrão, qualquer uma dessas pessoas que eu prendi, que eu condenei agora sabe que eu estou sem segurança. Isso é o que me deixa mais triste porque ainda que se tirasse, o fato de publicar acabou me tornando muito mais alvo, muito mais vulnerável à qualquer ação criminosa”, reclamou Selma.
Agora, o vazamento da decisão proferida pela Comissão de Segurança do TJ será usado pela juíza aposentada em seu recurso contra a mesma. “Eu não sei quem divulgou, eu sei que nessas condições eu espero que o TJ reveja a decisão porque tornar público o fato de que uma pessoa não tem mais nenhum tipo de proteção é realmente quase um crime, é como me botar numa jaula de leões esperando que eu seja executada!”, asseverou.
