Presidente do PV representará deputado estadual por agressão



O presidente do Partido Verde - PV, em Rondonópolis, o advogado, Carlos Naves (PV), fará uma representação junto ao Ministério Público Federal - MPF em desfavor do deputado estadual, Gilmar Fabris (PSD), que segundo sua versão teria o agredido fisicamente em pleno velório do ex-parlamentar estadual, Hermínio J. Barreto, que ocorreu na Câmara Municipal de Rondonópolis, nesta quinta-feira (10).
Segundo Naves, o deputado teria passado por ele, próximo a várias pessoas, e dito, em tom de ameaça, que precisaria esclarecer algumas coisas que o advogado teria postado em suas redes sociais em meio a sua prisão recente, por acusação de obstrução da justiça. Naves disse que reagiu, o que provocou a fúria do polêmico parlamentar. Ainda segundo o detalhadamente do dirigente partidário rondonopolitano, Fabris teve a ajuda da mulher e do filho na agressão.
"Assim que ele me fez esta primeira abordagem e foi saindo, eu disse a ele com meu tom de voz característico, que é alto, que ele esclarecesse ali mesmo a questão. Foi quando ele veio com dedo em riste para cima de mim e eu logo interpelei dizendo que os problemas dele são com o Ministério Público Federal e com a Polícia Federal, não comigo. Com a ajuda do filho, ele tentou me esmurrar, mas logo

A mulher de Fabris entrou na frente e começou a me desferir bolsadas. Como sou um cavalheiro, obviamente que jamais reagiria

, comentou. 
Naves ressaltou que a representação que fará junto ao MPF será no sentido de saber, inclusive, se o parlamentar tinha liberação judicial para estar transitando fora da sua comarca, já que encontra-se em fragilidade jurídica. "Eu nem sei se era possível suapresença aqui e se ele pediu autorização para isso. Esteve preso nos últimos meses e responde judicialmente a Justiça Federal por possíveis ilícitos. Nestas condições, há uma série de restrições quando ao deslocamento do indivíduo. Além disso, obviamente, vou denunciá-lo pelas agressões que me desferiu, assim como farei contra seu filho e esposa", afirmou Naves. 
Histórico 
Gilmar Fabris ficou detido no Centro de Custódia de Cuiabá, de 15 de setembro a 25 de outubro de 2017, após determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, que o casou de obstrução de justiça em meio as investigações da Operação Malebolge, da Polícia Federal, que é uma sequência da Operação Ararath, que investiga possíveis pagamento de propina no estado durante o governo de Silval Barbosa (2010 a 2014).O deputado ainda acumula mais problemas e recentemente viu adiado, no Tribunal de Justiça do Mato Grosso - TJMT, mais um julgamento que pode faze-lo perder o mandato e cumprir pena de mais de seis anos em regime semiaberto. Ele é acusado de peculato e de ter participado de um esquema que desviou R$ 1,5 milhão dos cofres da Assembleia Legislativa de Mato Grosso - ALMT.

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