Pedro Taques questiona acusações contra primo e ex-chefe da Casa Civil

O governador Pedro Taques (PSDB) evitou comentar a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), contra o seu primo e ex-secretário chefe da Casa Civil, Paulo Taques, 7 deputados estaduais e mais 50 pessoas, por conta das investigações oriundas das Operações Bereré e Bônus, por fraudes de aproximadamente R$ 30 milhões em contratos do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT).
Porém, questionou possíveis fatos que levaram seu ex-secretário a ser denunciado. "Eu não tenho a denúncia e não a li. Mas qual fato, ação ou conduta foi praticada pelo Paulo [Taques]? Qual gestão ele fez? Ligou para alguém? Falou com alguém?", indagou o governador.
Taques disse em entrevista ao Gazeta Digital que pretende ler o processo e classificou a denúncia do MP como o "início". Ressalta que qualquer pessoa só é condenada ou absolvida pela justiça "depois do devido processo legal".
O governador também voltou o desafiar os adversários a mostrarem qual ato o seu governo teria cometido ou deixado de praticar no caso do Detran. "Veja todos os atos relacionados no decreto de intervenção, atos praticados desde o início do meu governo".
Chico Ferreira
Questionado sobre quem estaria tentando manchar o nome de sua família com a prisão dos seus 2 primos - Paulo Taques e Pedro Zamar, o governador disse que no "momento certo será revelador".
Paulo Taques e o irmão Pedro Zamar, foram presos no dia 9 de maio, durante a operação Bônus, 2ª fase da Bereré.
O ex-secretário-chefe da Casa Civil é acusado de ter recebido R$ 2,4 milhões para continuar o contrato com a EIG Mercados na gestão Pedro Taques. Seu irmão seria o elo com o executivo José Kobori, que na época era diretor da EIG e apontado como responsável pelo esquema. Paulo Taques, Pedro Zamar e José Kobori negam as acusações. 

Pablo Rodrigo, repórter do GD

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