O pedido de revogação da prisão do deputado estadual Mauro Savi (DEM), está previsto para ser julgado nesta quinta-feira (24), pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).
Savi foi preso no dia 09 de maio, durante a Operação Bônus, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), acusado de participar de um esquema de desvio e lavagem de dinheiro no Departamento Estadual de Trânsito (Detran), entre 2009 a 2015, o que gerou um rombo de R$ 30 milhões nos cofres públicos.
O Ministério Público Estadual (MPE) deu um parecer contra a soltura do parlamentar. O MPE também pediu a continuidade das prisões do ex-secretário-chefe da Casa Civil Paulo Taques, do advogado Pedro Jorge Zamar Taques e dos empresários José Kobori e Roque Anildo Reinheimer, também presos durante a operação.
Conforme a defesa do deputado, a soltura de Savi não interfere nas investigações.
Em contra partida, o pedido de prisão determinado pelo desembargador José Zuquim Nogueira, afirma que a prisão do parlamentar é necessária para "garantia da ordem pública e por conveniência da instrução criminal. Já que segundo o MPE, a prisão foi baseada em provas concretas e relevantes constantes na investigação, as quais revelam a existência de uma sofisticada organização criminosa especializada em desvio de dinheiro público", afirmou.
O parlamentar é investigado por supostamente ser parte do núcleo de liderança do esquema, ao lado do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (DEM), do ex-deputado federal Pedro Henry (PP), do ex-presidente do Detran-MT Teodoro Lopes, e do ex-chefe da Casa Civil Paulo Taques.
O MPE alega que o recebimento de propina e a lavagem do dinheiro teriam continuado a ocorrer no mandato atual de Savi e, por isso, seria necessário manter o deputado preso. O órgão lembra que o contrato com a EIG Mercados continua vigente no Detran-MT.